Duas mulheres acusam o obstetra Renato Kalil de abuso sexual; ele nega

Novos casos surgem após denúncia feita por influencer

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  • Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 09:44

- Atualizado há um ano

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Mais duas mulheres acusam o médio obstetra Renato Kalil de assédio sexual. As denúncias acontecem pouco depois do relato da influenciadora Shantal Verdelho, de que ela teria sido vítima de violência obstétrica.

De acordo com o Extra, a bancária Letícia Domingues disse que foi abusada mais de uma vez pelo obstetra e ginecologista na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 1991. Outra suposta vítima teria sido vítima de Kalil no Hospital São Luiz, também em São Paulo, onde ele teria exibido o pênis em uma consulta depois de um parto traumático, em 1993.

Kalil enviou um comunicado na segunda-feira (13), após as denúncias da influenciadora, se dizendo inocente. “O parto da Sra. Shantal aconteceu sem qualquer intercorrência e foi elogiado por ela em suas redes sociais durante trinta dias. Surpreendentemente, o dr. Renato Kalil começou a receber, nos últimos dias, ataques com base em um vídeo editado, com conteúdo retirado de contexto”, diz a nota.

“A íntegra do vídeo (do parto) mostra que não há nenhuma irregularidade ou postura inapropriada durante o procedimento. Ataques à sua reputação serão objeto de providências jurídicas, com a análise do vídeo na íntegra. Kalil é obstetra ginecologista há 36 anos, sendo um dos médicos mais reconhecidos do Brasil. Ao longo de sua carreira, já efetuou mais de 10 mil partos, sem nenhuma reclamação ou incidente”, conclui o comunicado.

Na entrevista ao Globo, Letícia, de 48 anos, diz que foi estuprada por Kalil durante internamento para um procedimento ginecológico na Santa Casa, em outubro de 1991. O atendimento foi realizado inicialmente por médicas e enfermeiras, e ela diz que não conhecia Kalil e não se recorda de o obstetra ter feito parte da equipe. Ela afirma que sofreu abusos por três dias em um quarto onde foi internada sozinha

Letícia conta que tinha medo de contar aos pais o que ocorria. Kalil, segundo ela, foi um dos médicos que lhe deu alta e recomendou aos pais uma nova consulta. O pai a levou para a consulta, quando ela foi novamente abusada sexualmente, segundo o relato de Letícia.

Já o relato da outra mulher tem menos episódios de abuso sexual, mas também envolve violência obstétrica. Ela conta que tinha 27 anos quando foi ao Hospital São Luiz para ter o segundo filho. A corretora diz que o plantonista que a atendeu foi Kalil e o que define como “o horror” começou na sala de pré-parto.