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Editorial
Publicado em 23 de setembro de 2018 às 05:00
- Atualizado há um ano
Cinco das dez cidades mais violentas do país estão na Bahia. Em dez anos, a taxa de homicídios dobrou em nosso estado, que ocupa a sétima posição no ranking dos mais violentos do país. Temos o pior ensino médio, na avaliação do MEC. Mais de 50% dos municípios baianos têm problemas de saúde pública por falta de saneamento. O nosso turismo teve o pior resultado do Brasil, com queda de 4,9% em maio deste ano, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O fato de ainda sermos o estado economicamente mais forte do Nordeste não minimiza a perda de protagonismo que vivemos nos últimos tempos. Paramos de crescer em diversas áreas. Em outras, recuamos ou perdemos ritmo de desenvolvimento. Nos anos 70, estávamos atrás do Ceará e de Pernambuco, que cresciam mais do que a Bahia. Em seguida, tomamos a dianteira. Nos últimos anos, a perdemos outra vez. Uma situação que se manteve em momentos nos quais governo federal e governo estadual estão alinhados ideologicamente.
Não há como esconder a realidade: a Bahia não vai bem. Não somos mais “a menina dos olhos” do Nordeste e não parecemos estar nem perto de retomar essa posição. Temos falhas de gestão no gerenciamento da saúde, educação, infraestrutura, segurança e turismo, mas problemas ainda mais graves e que também resultam na má administração: falta de visão política, de estratégia e de espírito público.
Como reverter essa situação? É preciso voltar a lutar pela Bahia. É necessário que nossos governantes abram espaços e façam com que sejamos prioridade em agendas nacionais. É imprescindível que se cuide da Bahia com paixão e orgulho. Que as pessoas que ocupam os mais altos cargos sejam mais do que “administradores” do nosso estado. É preciso eleger governos que trabalhem para nos devolver o protagonismo perdido, criando estratégias que nos tornem competitivos outra vez. Nesse caminho, o fortalecimento da indústria e o investimento em infraestrutura são passos fundamentais.
Todo voto tem um significado. Uns desejam continuidade, outros pedem o novo, muitos protestam. Algumas pessoas apenas se eximem. Em 15 dias, estaremos nas urnas com o compromisso de dizer o que queremos, afinal. E é essa a hora de cada baiano exigir a volta de um estado forte e cheio de autoestima. É preciso que o eleitor estude os candidatos e escolha aquele que nos garanta isso. É necessário, finalmente, que cada cidadão transforme seu voto em uma declaração de amor à nossa Bahia.