Edgard Abbehusen: Amar é uma aventura incrível e, sempre que puder, ame

Veja vídeo com trecho do texto de estreia do escritor; coluna será publicada aos domingos

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  • Edgard Abbehusen

Publicado em 12 de junho de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Eu acredito muito no amor. Na sua força, na sua forma, nas suas fórmulas e no seu clichê batido e barato que todo mundo sonha dizer ou ouvir um dia. Assim como o filósofo Aristóteles, eu também acho que o amor é um sentimento dos seres imperfeitos. 

Eu, você, o seu vizinho, os seus pais e qualquer humano que ouse amar, vai errar. Vai sofrer através dos atos de alguém. Vai cair de um precipício empurrado pelas próprias expectativas que criou. Vai chorar sozinho num quarto achando que jamais será capaz de amar de novo um dia. Quanta bobagem a gente faz, diz e pensa quando ama ou quando sofre por amor. E quanta lição o amor nos ensina. 

Amar é uma aventura incrível. Sempre que puder ame, faça, dedique-se ao amor, fale de amor e só more no coração de quem te olha com amor. Pois a reciprocidade não é uma obrigação e nem segue uma linha reta. Afinal, cada pessoa ama de um jeito, mas a gente sabe quando alguém nos admira de verdade. E a admiração é uma incontestável prova de amor. No dia que deixamos de admirar o nosso parceiro ou parceira, tudo ao redor começa a desmoronar. 

Que sorte tem os casais que se admiram mutuamente. Na vida, na cama e nos sonhos. Nos planos que mudam de repente. Na saudade que maltrata, mas passa a cada reencontro. No prazer de voltar para casa depois de um dia exaustivo de trabalho. Na ligação demorada onde cada detalhe do dia é contado para que o outro se sinta perto.

Que sorte tem aqueles que amam intensamente. Sem vergonha, mesmo. Que vivem tudo o que tem, ali, na hora. Que nem cogitam deixar o amor para depois. Que conseguem manter o namoro firme e forte, mesmo depois dos ritos e rituais de um casamento. 

Que sorte tem aqueles que fizeram o amor sobreviver ao tempo. E comemoram hoje, também, junto aos jovens casais, um dia especial. O Dia dos Namorados. 

É, meus amigos e amigas, hoje (12 de junho) é o Dia dos Namorados. Um dia regado a flores, declarações, jantares e posts fofos nas redes sociais. Hoje é o dia de tirar o clichê do armário e demonstrar aquilo que passa despercebido nos olhos atarefados de um dia corrido. 

Hoje é o dia onde eu acredito ainda mais no filósofo Aristóteles, quando ele diz que a função do amor é levar o ser humano à perfeição. Hoje, todos os amantes querem levar a perfeição a demonstração dos seus sentimentos. O carinho, o afeto e o abraço. Hoje, tudo fica mais bonito, como deveria ser todos os dias  - mas não é hora de falar disso, ainda temos muito o que conversar nessa coluna.

Eu adoro esse clima. Essa gente toda reafirmando sentimentos, refletindo os seus relacionamentos e recolocando o seu coração no lugar. Sempre que eu posso, eu amo. Eu demonstro que amo. Eu digo que amo. Eu coloco o meu amor em gestos. No cuidado, na atenção ou numa mensagem no meio do dia. 

E se você puder, sempre que puder, diga. Faça por amor. Fique por amor. E independente da fase em que esteja o seu relacionamento, do tempo que estejam juntos, nunca deixe a beleza de um dia como esse se perder. 

Eu tenho uma amiga que sempre diz: ‘só se vive uma vez’. E independente do que você acredita, eu fico refletindo: Já pensou a gente ter uma única chance de viver e desperdiçar essa chance sem ter amado o suficiente?  Pense aí.

*Edgard Abbehusen é escritor, compositor, redator, baiano, criador de conteúdo afetivo e  autor de livros; Ele  publicará textos exclusivos aos domingos no site do CORREIO a partir do dia 21 de junho. Acompanhe Edgard no Twitter e Instagram