“Ele gostava de desafiar a polícia”, diz delegado sobre traficante morto em operação policial

Aranha era liderado pelo traficante José Carlos Ferreira dos Santos, o Zóio de Gato, que mesmo preso ordenou uma chacina

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  • Bruno Wendel

Publicado em 15 de maio de 2015 às 10:26

- Atualizado há um ano

Foto: Divulgação/Polícia Civil“Ele gostava de desafiar a polícia”. A definição é do delegado Odair Carneiro, da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), sobre o traficante Gilmar Silva Tanajura, 29 anos, o Aranha, morto ao reagir, segundo versão oficial, a uma operação policial na última quarta-feira, em Coração de Maria, no Centro-Norte do Estado.

Ele era suspeito de envolvimento em pelo menos 23 homicídios em Salvador e região metropolitana. Ontem, Carneiro deu detalhes da operação que reuniu 60 policiais e foi também realizada em Lauro de Freitas — onde ocorreu a prisão de Tyrone Santana Oliveira, 26, um dos integrantes da quadrilha  acusada também de roubo a bancos na Avenida Barro Reis e Liberdade. 

O bandido era o 10 de Copas do Baralho do Crime. Segundo a polícia, ele e comparsas são acusados de cometer quatro triplo-homicídios, entre 2013 e 2014, e de também matar o soldado da Polícia Militar Fábio Ferreira Rosas, em julho 2014. Com exceção da morte do policial, os demais crimes estão relacionados a disputa pelo controle do tráfico de drogas.

Segundo Carneiro, Aranha era liderado pelo traficante José Carlos Ferreira dos Santos, o Zóio de Gato, que mesmo preso no Complexo Penitenciário da Mata Escura ordenou a chacina que vitimou seis pessoas, em agosto de 2014, em Periperi. Zóio de Gato foi transferido para o Presídio de Segurança Máxima, em Serrinha, no dia 8 de maio.

O bando de Zóio disputa o tráfico com a quadrilha de Coruja, que atua na Liberdade. Com Aranha, os policiais apreenderam uma quantidade não informada de cocaína e uma pistola 9 mm. No confronto, dois bandidos conseguiram fugir. De acordo com a polícia, 11 pessoas do grupo são procuradas.