Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2022 às 18:24
- Atualizado há 2 anos
A Bahia vai ganhar até 700 vagas de emprego direto nos próximos três anos com a chegada de uma nova empresa de logística no estado. O anúncio da compra da regional Martins & Medeiros Operações Portuárias e Logística, cujas unidades estão em Ilhéus e na capital, pela Multilog, ocorreu nesta quinta-feira (30). >
Segundo o presidente da Multilog, Djalma Vilela, o maior benefício da chegada da empresa para a Bahia, além da geração de empregos, é a valorização dos trabalhadores. “Nossa tecnologia está nas pessoas, é o que a gente prioriza. Criamos uma Diretoria de Gente no ano passado. Envolve o desenvolvimento das pessoas na habilitação. É uma mão dupla, o colaborador também tem que ter interesse em crescer”, afirma. >
Presente nos principais corredores de importação e exportação do país com polos no Sul e Sudeste, o atual objetivo da empresa é ampliar a influência no Nordeste a partir da Bahia. Isso porque o estado tem sido atrativo para o mercado. Neste ano, a atividade econômica chegou ao quarto trimestre consecutivo de crescimento no Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). >
De acordo com Vilela, o valor de compra representou 10% do que a Multilog fatura. As negociações foram desenvolvidas durante 8 meses até as empresas firmarem todos os acordos. A Martins & Medeiros Operações Portuárias e Logística passou a se chamar Multilog Nordeste, sendo que 200 colaboradores nativos foram assumidos pela nacional. >
Expansão A integração representa maiores oportunidades para investidores. “Há possibilidades de aquisições de outras empresas aqui na região. Isso oxigena o mercado. São mais possibilidades e serviços para toda a cadeia do mercado baiano e nordestino”, diz o diretor Regional da Multilog Nordeste, projetando parceria com outras indústrias do setor. >
As uniões serão firmadas pelo papel de operador logístico das empresas, diz Vilela. Ele explica que tamanho da transportadora e quantidade de frota de caminhões é secundário à vista de um portfólio que oferece soluções de transporte aos clientes. >
Apesar da crise no setor logístico, o presidente da Multilog vê com otimismo o futuro da negociação. “Nós somos ousados. [Este] é um ano com grandes definições, com diesel, que cresceu bastante. Mas, por outro lado, a Multilog acredita que tudo isso no Brasil são ciclos. O potencial do Brasil está acima das crises. Como temos visão de longo prazo entendemos que o momento de crise também é de investimento”, estima. *Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo>