Empresária baiana aposta na comida ancestral para mudar a vida da família

Dendê na alma e nos negócios em Periperi

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 25 de maio de 2022 às 10:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Cláudia Pinheiro começou a empreender em agosto de 2020, com o intuito de fazer uma renda extra para ajudar o orçamento familiar. Naquela época, uma das filhas estava desempregada e a outra mais nova não tinha onde ficar, uma vez que as escolas estavam fechadas e ela precisava sair para trabalhar. 

"Morria de medo que nós duas nos contaminássemos, por isso, começamos a vender kits congelados, mas os clientes começaram a procurar o quitute pronto para consumo, como acontece nos tabuleiros de baianas", conta. A trajetória de Cláudia e do Dendê da Preta serão os temas do programa ao vivo Empregos e Soluções dessa semana, à partir das 18 horas, na página do Jornal Correio, no Instagram.

Desde o início, não faltaram desafios na vida dessa mãe empreendedora. As dificuldades estiveram na falta de recursos para investir até dos desafios de ampliar os conhecimentos sobre gestão e marketing. "Participamos da Batalha Gastronômica do Subúrbio e da Ela Faz História, da Aliança Empreendedora; fomos finalistas no prêmio Academia Assaí. Ou seja, fomos buscando alternativas que possibilitasse nosso crescimento no universo do comércio de rua", comemora. Mais recentemente, o negócio foi acelerado na holding social Vale do Dendê. 

Durante o bate papo com a consultora Flávia Paixão, elas falarão sobre as mudanças no negócio, que migrou da comercialização de kits congelados e do sistema de delivery para uma venda presencial. Na época em que começou, Cláudia uniu à insatisfação com a função de empregada doméstica e decidiu que, junto com as filhas, começaria um negócio.

"Optamos por esse tipo de comida porque toda a família sabe fazer comida baiana. Aprendi com minha avó Helena e minhas tias, que me criaram. Na verdade, Dona Helena foi uma das primeiras baianas a montar tabuleiro em Periperi, na frente da estação de trem. Todas elas já venderam acarajés", diz a empreendedora.

Enquanto viam as oportunidades de negócios crescerem, elas não perderam tempo e  mandaram fabricar uma foodbike, passando a ocupar um espaço aberto,na praça. Em abril desse ano, elas passaram a vender os quitutes baianos num foodtruck e deixaram a bike apenas para a realização de eventos.

Para os kits congelados, Cláudia trabalha com abará, acarajé e bolinho de estudante. No foodtruck e delivery, estão todas essas delícias, além de passarinha com farofa e salada. Para os eventos, os pratos servidos são o abará e o acarajé com os acompanhamentos:vatapá, salada, camarão e pimenta.

Se quiser conhecer mais dessa história de mulheres baianas que uniram a ancestralidade com a vontade de conquistar melhores oportunidades, não deixe de acompanhar o programa, que tem início às 18 horas, mas ficará gravado e disponível para ser assistido em uma outra oportunidade.