Enfim uma boa notícia do Vitória

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 09:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Ainda faltam cinco rodadas, mas já é possível desafiar a prudência e afirmar com confiança que o Vitória vai escapar do rebaixamento para a Série C. A certeza é “de alma”, já que a matemática precisa de mais um tempo para ratificar o que se encaminhou graças ao triunfo de 3x0 sobre o Brasil de Pelotas.

Os seis pontos de vantagem para o Figueirense, 17º colocado, significam que o Leão abriu duas rodadas de frente para a zona de rebaixamento e com a garantia de que não será ultrapassado em caso de empate na pontuação porque o clube catarinense tem quatro vitórias a menos. O mesmo raciocínio vale caso o time que embale uma sequência improvável seja o Vila Nova (32 pontos) ou o Criciúma (31).

Ou seja, o Figueirense só passa o Vitória se tirar sete pontos de diferença, e não seis. Isso restando apenas 15 em disputa e se tratando de uma equipe que, ao todo, ganhou seis partidas em 33 realizadas.

O time baiano se reergueu nesta reta final. Está há três jogos sem perder, enquanto os últimos cinco colocados da Série B vivem fase oposta, todos há três partidas sem ganhar. Para reforçar a ideia do quão improvável é um rebaixamento a essa altura, nos últimos cinco jogos o Figueirense somou exatos sete pontos. O Vila Nova, que está em 18º, oito pontos atrás do Vitória, somou dois. O Criciúma, com nove pontos a menos, somou três.

Para o Vitória, que sofreu no Z4 ou na proximidade dele durante todo o campeonato, a prudência é válida, afinal nenhuma tragédia é impossível. Mas já dá para seguir a vida. Precisando de mais dois ou três pontos nas cinco rodadas restantes, é só fechar a conta e passar a régua neste 2019 que não vai deixar saudade alguma para os rubro-negros.

O ano foi problemático desde o início, com o clube vindo do rebaixamento na temporada anterior. Por azar, o Leão caiu justamente quando entrou em vigência o novo modelo de distribuição das cotas de direitos de transmissão, que gera um corte abrupto de receita já no ano seguinte à queda. No contexto da limitação financeira, o clube agravou sua crise técnica – moldada pelas más escolhas do departamento de futebol - e administrativa, que culminou na renúncia antecipada do então presidente Ricardo David, em abril.

Como ia dizendo, é preciso seguir a vida. Analisar, sem terra arrasada nem empolgação, o que pode e deve ser repetido em 2020 e o que precisa ser mudado. Na formação do time, no financeiro, no programa Sou Mais Vitória, no relacionamento com o torcedor que se afastou do Barradão, na escolha do mando de campo, na divisão de base, na relação entre diretoria executiva e conselho deliberativo... Trabalho tem de sobra pela frente.

O Vitória perdeu tempo nos últimos anos, sem crescer como clube nem como time. Contentar-se com a manutenção na Série B é um sintoma disso; há pouco tempo, seria motivo para ira e protestos, jamais para alívio. Mas o parâmetro se adequa à realidade do cenário. Hoje, estar com 40 pontos na segunda divisão é, sim, uma boa notícia, talvez a melhor de uma temporada em que a expectativa nunca pôde ser mais alta do que isso. Que o amanhã seja diferente. Com perspectiva, razão de ser do ofício de torcer.