'Enforcaram e mandaram ele confessar', diz pai de acusado por assalto no Rio Vermelho

Sócio de Luan Lopes também foi preso

Publicado em 27 de setembro de 2021 às 22:25

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução

Os familiares de Luan Bruno Barbosa Lopes, 23 anos, não estão satisfeitos com nota divulgada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (27). De acordo com a polícia, o barbeiro admitiu ter participado de um assalto em um restaurante no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Ele foi preso em flagrante e levado para a 7ª Delegacia, acompanhado por familiares e advogados.

Segundo o pai de Luan, Gerson da Silva Lopes, o filho foi agredido na delegacia e forçado a confessar um crime que não cometeu. "Alison, primo de Luan que esteve presente durante a prisão, contou que esmurraram meu filho, enforcaram e mandaram confessar", disse.

Alison também foi preso por estar presente na barbearia no momento da prisão de Luan e solto horas depois. Luan, entretanto, continua custodiado. Nesta manhã, familiares fizeram um protesto pedindo pela soltura do jovem e fecharam as ruas na Avenida Juracy Magalhães, na altura do Vale das Pedrinhas.

"Luan estava em casa no momento do crime e o rapaz que estava envolvido, o sócio dele na barbearia, Matheus, o inocentou assim que foi preso. Nenhuma arma foi encontrada com meu filho, e, em momento algum, as filmagens mostram Luan. Eles alegam que ele ficou do lado de fora do restaurante, mas não há nada que comprove isso", afirma Gerson.

De acordo com a nota da Polícia, um revólver calibre 38 e pertences das vítimas foram apreendidos com ele, que confessou o envolvimento no crime e foi autuado por roubo. "Após ser submetido a exame de lesões corporais, o homem foi encaminhado para audiência de custódia, onde teve o flagrante convertido em prisão preventiva e permanece à disposição da Justiça", diz o documento. A Polícia não deu mais informações sobre o sócio, de prenome Matheus.

Gerson ainda afirma que não estaria lutando por justiça pelo filho se acreditasse que ele esteve envolvido no assalto. "Estou correndo atrás do caso de Luan porque ele é inocente". O jovem abriu uma barbearia há 4 meses e, segundo o pai, não sabia que o sócio estava envolvido com nenhum tipo de delito.