Entenda o que é ostarina, substância que acusou o doping de Tandara

Jogadora não poderá mais jogar as Olimpíadas

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  • Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2021 às 11:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: COB / Divulgação

A substância presente no exame antidoping de Tandara, jogadora da seleção feminina de vôlei, era ostarina, informou a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). A atleta, que estava disputando as Olimpíadas em Tóquio, deve chegar ao Brasil ainda neste sábado (7) para realizar a defesa.

Ostarina é um modulador hormonal que auxilia no no aumento de massa muscular e perda de gordura. A substância, segundo a nota, pertence à categoria "S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA" – sigla da Agência Muncial Antidoping. 

A coleta do exame de Tandara foi realizada antes da viagem ao Japão, no dia 7 de julho, no CT do vôlei em Saquarema (RJ), onde a seleção feminina treinava para a Olimpíada.

Após a revelação de que havia sido pega no antidoping, Tandara se disse surpresa e que acredita tratar-se de consequência de um tratamento para controle menstrual. No entanto, a ostarina não está presente na bula do remédio que a jogadora teria tomado.

Segundo o comunicado da ABCD, o resultado do exame só foi recebido nesta quinta-feira, quase um mês depois da coleta do material de Tandara. A análise foi feita no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), o único credenciado pela Wada na América Latina. A ABCD afirmou que o processo de testagem e análise "seguiu todos os padrões internacionais".

Em breve comunicado publicado nas redes sociais de Tandara, a assessoria da atleta informou ainda na noite de quinta-feira que ela "está trabalhando em sua defesa e só se manifestará após a conclusão do caso".

Leia a íntegra da nota da ABCD: "A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) esclarece que o processo de controle de dopagem do caso da atleta da seleção brasileira feminina de vôlei, Tandara Caixeta, seguiu todos os padrões internacionais estabelecidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA-WADA).

Informamos que a coleta do material biológico da atleta foi realizada fora de competição, em 7 de julho de 2021, no Centro de Treinamento de vôlei de quadra da seleção, em Saquarema/RJ, mesmo momento em que todas as demais atletas da equipe também forneceram o material.

Ao receber, no dia 5 de agosto de 2021, o resultado do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), único credenciado pela WADA na América Latina, foi constatada a presença da substância ostarina, que pelo Código Brasileiro Antidopagem implica na aplicação obrigatória de uma suspensão provisória da atleta.

A ostarina é uma substância não especificada, proibida em competição e fora de competição. Pertence a classe: S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA.

A ABCD seguirá os trâmites processuais do caso em sigilo para proteger os direitos da atleta."