Envolvidos no ataque ao ônibus do Bahia vão responder por lesão corporal leve

Decisão causou indignação no clube

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  • Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2022 às 20:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O Bahia mostrou total indignação com a Polícia Civil, que indiciou os envolvidos no atentado ao ônibus do clube por lesão corporal leve e crime contra a incolumidade pública, na modalidade explosão. Nas redes sociais, o clube lembrou que o caso foi grave e quase cegou o goleiro Danilo Fernandes.

“Atenção, Brasil: sabe o atentado ao nosso ônibus, que quase cegou Danilo Fernandes e poderia ter matado pessoas? Após 4 meses de inquérito e promessa de rigor das autoridades, a Polícia da Bahia encerrou o caso como LESÃO CORPORAL LEVE. Quando morrer alguém, não adiantará lamentar”, disse o clube em nota.

Quatro pessoas foram indiciadas pelo ataque, todos membros da torcida Bamor. O presidente da organizada e proprietário de um dos carros envolvidos no atentado chegou a ser ouvido, mas foi liberado. Os demais respondem em liberdade. A delegada Francineide Moura, que acompanhava o caso, chegou a falar que eles responderiam por tentativa de homicídio, o que não aconteceu. Ela, no entanto, foi substituída na 6ª Delegacia por Marcelo Tannus. 

Após a decisão, o Ministério Público pediu novas diligências à Polícia Civil para continuar com a investigação. Se a decisão for mantida, os acusados poderão pegar detenção de três meses a um ano por lesão corporal, e reclusão de três a seis anos, além de multa, por crimes contra a incolumidade pública.

No dia 24 de fevereiro, o ônibus do Bahia foi emboscado na Avenida Bonocô a caminho da Fonte Nova, horas antes da partida contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste. O veículo foi danificado e jogadores ficaram feridos. O goleiro Danilo Fernandes foi o caso mais grave e por muito pouco não perdeu a visão.

O governador Rui Costa chegou a se manifestar sobre o ocorrido, determinou apuração imediata e pediu julgamento severo da Justiça. No entanto, até o momento, a decisão da Polícia Civil foi branda.