'Era uma segunda mãe para mim', diz ACM Neto no adeus à avó materna

Parentes e amigos se despediram de Maria Emília Gadêlha Vianna em Brotas

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  • Carol Aquino

Publicado em 15 de maio de 2018 às 19:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo da família
. por Foto: Betto Jr./CORREIO

Maria Emília Gadêlha Vianna foi, sobretudo, uma mulher de fibra. Mãe de três filhos, avó de seis netos, ela era uma mulher que nunca deixou de ser produtiva, porém sem deixar de ser a pura representação do amor e amparo familiar. Avó do prefeito ACM Neto, ela faleceu na madrugada desta terça-feira (15) aos 85 anos, vítima de insuficiência cardíaca, e foi sepultada à tarde no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.

“Minha mãe era do lar, mas sempre ajudou dentro de casa, sempre encontrou uma forma de ser produtiva, nos deu esse exemplo. E tinha muitos talentos: sabia bordar, costurar muito bem, sabia fazer tudo dentro de casa; consertava o que estragava e era uma excelente vendedora. Teve boutique muito tempo”, lembrou, com carinho, Dona Rosário Magalhães, sua filha e presidente do Instituto Parque Social.

Além das diversas habilidades que fazia questão de exercer, Dona Marisa, como era carinhosamente chamada, deixou a lembrança da mãe e avó amorosa e da mulher extremamente dedicada à família.“Ela foi uma excelente avó para os meus filhos, me ajudou a criá-los. Principalmente para a gente que trabalhava fora, estudava”, complementou Rosário.Irmão dela, o filho e fundador do jornal CORREIO, Paulo Vianna, também lembrou com ternura da mãe. “Gostei quando disseram que ela era uma pessoa elegante e de muita fé. Apesar de católica, acreditava também no sincretismo e tinha uma verdadeira devoção para a família”, resumiu.

Esta dedicação marcou Renata Correia, neta e acionista do CORREIO. “Ela era um exemplo de mãe, de avó. Hoje eu devo muito a esse exemplo o fato de eu ser uma boa mãe”, comentou. 

O genro, Antonio Carlos Júnior, lembrou da mulher que sempre esteve ao lado dos entes queridos. “Ela era uma pessoa muito boa, sempre envolvida com as coisas da família, bastante presente nas nossas vidas”, declarou o presidente da Rede Bahia. 

Segunda mãe O lado terno foi lembrado pelo neto e prefeito de Salvador, ACM Neto, que não conteve as lágrimas ao falar da vó Marisa – ou dinda Marisa, já que ela também era sua madrinha.“Com os amigos e com a família fica a melhor recordação que alguém poderia deixar, que com certeza é o amor dela, que vai estar para sempre presente nos nossos corações”, afirmou.Amigo de ACM Neto há mais de 20 anos, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, confidencia que ela era uma apoiadora do neto na vida política e fazia questão de estar presente nas suas campanhas. “Ela era uma mulher muito inteligente, muito afável. Neto sempre teve uma relação especial com duas avós. O coração dele deve estar sofrendo, mas fica o aprendizado do convívio com ela”, pontuou.

Neto reforçou que Dona Marisa era muito especial para ele e toda a família. “Quem a conhecia era testemunha de que era uma segunda mãe para mim e, de certa forma, ela foi uma segunda mãe para todos os netos. Hoje o nosso coração está repleto de saudade”, disse o prefeito sobre a avó que morava com a sua mãe, Dona Rosário.

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A mesma lembrança é representada por outra neta, Fernanda Vianna. “Ela era como se fosse uma segunda mãe. Vivia na minha casa casa. Lembro muito dos nossos veraneios na Ilha (de Itaparica), do caruru que ela fazia todo ano. Ela era muito devota de Santa Bárbara”, disse a neta sobre a matriarca, que deixou também para os netos o exemplo de fé. 

Depois de muito lutar contra uma insuficiência cardíaca, veio a hora do descanso. Lúcida até o último minuto, não se deixava abater. “Ela era uma pessoa muita forte. Viveu intensamente e hoje está partindo para uma nova vida. Descansou do sofrimento físico e tenho certeza que vai estar olhando por nós lá em cima”, disse com carinho Dona Rosário.

A filha Graça Vianna conta como foi duro para todos ver a mãe tão ativa ficando frágil por causa dos problemas cardíacos de que sofria. "O coração estava muito fraco, mas a mente ligada a tudo dessa vida. Que difícil para essa mulher tão vibrante se tornar frágil. Ela não queria deixar de sentir o perfume das flores, o ar batendo no rosto de sorriso largo, afagar os bisnetos, pegar a agulha e costurar lindos trajes", citou.

No velório, além de amigos e familiares, marcaram presença lideranças políticas como o ex-governador Paulo Souto e o candidato a governador da Bahia e ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho. Também como pessoa que conviveu com Dona Marisa, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Leo Prates, falou sobre suas memórias com a matriarca: “Ela era uma pessoa afável no trato, super querida, iluminada. Nos deixou muita saudade”, resumiu.