Esposa é suspeita de atirar no marido em apartamento na Graça

Depoimentos indicam que ela agiu em legítima defesa; o estado de saúde dele é estável

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  • Luana Lisboa

Publicado em 24 de maio de 2021 às 21:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Paula Froes/Correio

Mais uma briga matrimonial terminou em caso de polícia na Rua Barão de Loreto, em um prédio de mesmo nome na Graça e, dessa vez, o marido saiu com um tiro na perna. O caso começou com uma discussão na manhã desta segunda-feira (24) e terminou na Delegacia da Mulher (DEAM) de Brotas. O estado de saúde dele é estável.

A briga teria se iniciado verbalmente e evoluiu para uma luta corporal, depois da qual a esposa teria ficado trancada no banheiro. Quando ela saiu, o marido, identificado como Daniel Marinho, estava armado. A mulher, de prenome Larissa, teria conseguido desarmá-lo, e, em legítima defesa, atirou na perna do marido. As informações foram dadas pela delegada Bianca Torres em entrevista à imprensa na delegacia. Os nomes dos envolvidos foram informados por um policial militar que não quis se indentificar.

Após o acontecimento, Daniel foi escoltado até o carro pelo funcionário de limpeza do prédio, Ary Souza, e levado ao hospital pelo pai.

Ao CORREIO, Ary afirmou que, por ser novo no prédio, não conhecia o casal, mas não ouviu discussões, apenas o barulho do tiro. No local, a reportagem ainda conseguiu encontrar um perito criminal da Polícia Civil que estava saindo do edifício após ter examinado o apartamento. "As brigas aconteceram no 5º andar, mas ele foi atingido no 1º andar. Desceu a escada do prédio e pediu socorro ao funcionário, que chamou os familiares dele", afirmou o agente, que também não quis ser identificado.

O policial militar também afirmou que não é a primeira vez que eles são acionados no local. As brigas do casal seriam constantes, mas essa seria a primeira vez em que resultou em um ferimento por arma de fogo. 

Segundo o Coordenador da 11ª Área da Polícia Militar, major Jailton Carvalho de Santana, a vítima do tiro, Daniel, é advogado e ex-policial civil. Por isso, o revólver de calibre 38 que foi utilizado era registrado e o porte não era ilegal. No interior do apartamento ainda foi encontrada uma pistola, segundo a PM, e, nas escadarias da entrada do edifício, marcas de sangue. Marcas de sangue foram encontradas no edifício Barão de Loreto, local do crime (Foto: Luana Lisboa/CORREIO) *Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo.