'Está proibido', relembra prefeito sobre festas privadas durante Carnaval 

Quem descumprir decreto será criminalizado e terá alvará cassado, alertou Bruno Reis 

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  • Marcela Vilar

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 14:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Max Haack/Secom/PMS

Se não houvesse a pandemia do novo coronavírus, as avenidas da Barra, Ondina e Campo Grande estariam cheias de foliões em Salvador. Porém, a festa foi cancelada esse ano para impedir a contaminação de pessoas pela covid-19. O prefeito Bruno Reis relembrou que nenhuma comemoração poderá ser feita nos próximos dias, independentemente do número de participantes. 

Decreto do governo do estado só permite que sejam realizadas solenidades, formaturas e casamentos, sem shows ou músicas ao vivo. Já o decreto municipal autoriza somente voz e violão, em bares e restaurantes.  

“Aqueles que não respeitarem a lei, irão ter que arcar com as responsabilidades, inclusive respondendo criminalmente. Se tiver qualquer tipo de evento, a casa será interditada, o alvará será cassado, que é o que cabe à prefeitura, e o que cabe ao estado, é responsabilizar criminalmente os responsáveis pela realização do evento”, diz Bruno. “Se tiver tendo festa ou show de 30, 40 50 pessoas, está proibido no estado da Bahia por determinação do governo do estado, através de decreto, que foi renovado até 14 de fevereiro”, completou.  

Para garantir o cumprimento das medidas sanitárias, as equipes da prefeitura farão operações especiais nos bairros da Barra, Rio Vermelho e Itapuã. A força-tarefa estará nas ruas a partir de amanhã (13) até a próxima terça-feira (16). “Nossas equipes estarão nas ruas para evitar que haja aglomerações e descumprimentos dos decretos. Não queremos chegar a esse nível de relação com as pessoas, mas, precisamos que haja consciência de todos nesse momento. Aqueles que não respeitarem, a prefeitura irá agir com todo o rigor”, garantiu Reis.  

O prefeito apelou para que os soteropolitanos respeitem os protocolos para que não haja crescimento dos números da pandemia do novo coronavírus na cidade. “Depois que chegar a nova cepa, que não tiver vaga em UTI, aí todo mundo esquece manifestação, todo mundo esquece aglomeração e a conta quem é que paga? São as pessoas que respeitaram, que evitaram aglomerações e que quando precisam de leito de UTI, não acha. Essa responsabilidade acaba recaindo sobre os ombros dos governantes”, argumentou.  

Bruno também comentou sobre o impacto financeiro que a falta de carnaval traria para Salvador, apesar de entender o cancelamento da festa como necessário. Ele afirmou que, durante o ano, o carnaval movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão e gera 60 mil empregos. Na arrecadação do Imposto Sobre Serviço (ISS), corresponde a cerca de R$ 10 a 15 milhões. “É um momento de tristeza que estamos passando, mas os números estão aí, foi uma decisão acertada", conclui.   

*Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro