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Pesquisa afirma que ingestão moderada de álcool aumenta a pressão sanguínea e risco de derrame
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2019 às 16:27
- Atualizado há um ano
Uma das desculpas que se usa para beber acaba de perder a validade: um estudo afirma que a teoria de que o consumo moderado de álcool "protege" as pessoas contra acidentes vasculares cerebrais (AVC) é falsa. De acordo com a pesquisa, o efeito é inverso: a ingestão de álcool "aumenta diretamente" a pressão sanguínea e o risco de derrame.
A investigação, desenvolvida por especialistas da Universidade britânica de Oxford, da Universidade de Pequim e da Academia Chinesa de Ciências Médicas e publicado na revista científica 'The Lancet', acompanhou durante cerca de 10 anos, através de registros hospitalares e de mortalidade, 512.715 pessoas da Ásia Oriental, dos quais 210.205 eram homens e 302.510 mulheres.
Após observação dos dados coletados, os cientistas apresentaram "novas provas" que "contestam" a hipótese de que beber moderadamente pode proteger contra o risco de AVC.
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Em 161.498 dos mais de 500 mil participantes, os investigadores mediram as duas variantes genéticas, a ALDH2-rs 671 (variante que retarda a quebra de etanal, produto da metabolização do etanol no organismo e a substância responsável pela ressaca) e ADH1Brs1229984 (variante que acelera a conversão de álcool (etanol) para etanal), e concluíram que as variantes "diminuíram a ingestão de álcool" assim como "diminuíram a pressão arterial e o risco de derrame".
"Os investigadores concluíram que o álcool aumenta o risco de acontecer um derrame em cerca de um terço (35%) por cada quatro doses adicionais por dia (280 gramas de álcool por semana), sem efeitos protetores associados a ingestão leve ou moderada", aponta o estudo.
O comunicado acrescenta que cerca de dez mil dos homens que foram acompanhados no decorrer da investigação "tiveram um derrame" e que dois mil "tiveram um ataque cardíaco", ao contrário das mulheres.
A pesquisa estima ainda que, entre os homens chineses, o álcool é a causa de 8% dos coágulos no cérebro, assim como de 16% das hemorragias no cérebro.