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Hugo Brito
Publicado em 27 de novembro de 2019 às 11:23
- Atualizado há um ano
O Greentech Challenge, evento global focado em empresas sustentáveis, acontece no Cubo Itaú, são Paulo, nesta quinta (28). Ele será dedicado à compreensão e discussão do mercado de “negócios verdes”. Vários projetos na áreas serão apresentados. Um dos que mais chama a atenção é o de despoluição dos rios Pinheiros e Tietê, famosos pelo impacto negativo na sociedade da capital paulista. Quem organiza o evento é a empresa dinamarquesa Green Innovation Group e nele estarão sendo discutidos assuntos como Investimento de Impacto Sustentável Global e Local, Green Venture Capital Global e Brasil e Blockchain.
As 12 startups brasileiras selecionadas pela Green Innovation também participarão do encontro, apresentando suas iniciativas, logo após um programa de imersão que começou 3 dias antes. “O objetivo é trazer empresas cujos produtos tenham rentabilidade comprovada e validada. Há uma grande demanda por alternativas que, futuramente, poderão se tornar o produto principal no lugar de materiais e também ser formas de energia. Segundo o monitoramento do banco Credit-Suisse, 80% dos investidores pertencentes à geração Millenial têm interesse em negócios de impacto ambiental”, explica o representante do grupo dinamarquês no País, Tiago Brasil Rocha.
Das startups aceleradas pela Green, mais de 70% que participaram do Greentech Challenge aumentaram o capital em cerca de 500 mil euros. Mais informações aqui.
Direito e Tecnologia
É ponto pacífico que as leis não conseguem acompanhar a velocidade da evolução tecnológica, mas também é fato que a lei é a lei, e não dá para ir contra ela em uma sociedade democrática. Para ajudar quem atua no meio tecnológico, seja pelo lado empresarial ou do direito, a se adaptar às legislações nem sempre modernas o bastante foi lançado o livro Direito e Tecnologia, escrito pelos advogados de um escritório paulista especializado em direito digital.
Nele estão 17 artigos que discutem de maneira prática, sem abrir mão da análise técnica, impactos, tendências e perspectivas associadas à atual sociedade digital. O objetivo é ajudar no entendimento dessa tensa relação entre direito e as novas tecnologias que, entre outras coisas, eliminam ou modificam profundamente profissões, mudam o processo de comunicação entre as pessoas e, com isso, modificam em grande velocidade os modelos de negócio e as relações de trabalho e interpessoais.
Os advogados do Cascione Pulino Boulos Advogados pesquisaram por dois anos para a edição da obra que aborda temas como a criação e desenvolvimento de startups, atuação de fintechs, inovações na área de pagamentos, natureza jurídica das criptomoedas, operação de marketplaces online, responsabilidade civil relacionada a proteção de dados pessoais, tributação de mídias digitais e as implicações da tecnologia nas relações de trabalho.
Francisco Satiro, professor doutor em Direito Comercial da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e autor do prefácio do livro, resume a importância da obra em uma frase: “A evolução da tecnologia de produção, comunicação e processamento de dados chegou ao ponto de não poder ser ignorada pelo Direito”. O livro foi lançado pela LiberArs, e estará disponível em livrarias e plataformas digitais.
Viajando e sentindo o sabor local
O aplicativo Airbnb, que conecta atualmente mais de meio bilhão de viajantes a 7 milhões de acomodações e 40 mil atividades personalizadas por anfitriões locais em todo o mundo, lançou essa semana Culinária, uma nova plataforma que oferece a oportunidade de conhecer os destinos de viagens através, também, de experiências de gastronomia familiar. São mais de 3.000 experiências culinárias com receitas locais e únicas no Brasil e em mais 74 países.
Cada uma delas foi escolhida e avaliada com base nas diretrizes da Slow Food, organização popular cuja missão é impedir o desaparecimento das culturas alimentares locais, garantindo que apenas experiências únicas sejam oferecidas aos usuários. Na análise do cardápio oferecido aos viajantes foram conferidas as histórias pessoais dos anfitriões e as suas heranças culinárias e como a soma desses dois pontos levaram à criação de cada prato. São famílias, fazendeiros e até confeiteiros que contam a sua própria história usando a comida como linguagem.
No Brasil, além de experiências de pratos regionais é possível provar receitas criadas por ONGs e, aliado ao sabor, ser presenteado com o prazer de saber que o que for pago será doado para instituições como, por exemplo, o Banquete para a Alma, idealizado pela ONG Refettorio Gastromotiva, que tem o objetivo de reduzir o desperdício de alimentos, a má nutrição e a exclusão social e o Migraflix, que ajudam refugiados e imigrantes do mundo todo a se estabelecerem no Brasil.