Evoé Momo! Olha o Bloco da Ômicron

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  • Jolivaldo Freitas

Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 04:50

- Atualizado há um ano

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Boa parte do Brasil, a Bahia ainda no vermelho, está ainda surfando plenamente no bloco da covid. A média móvel de óbitos na semana passada estava em mais de 140. Na terça (22/2) a boa notícia era que a média móvel de casos conhecidos voltava a ficar abaixo de 100 mil após 34 dias, mas o País com travo no coração por computar mais de 645 mil óbitos e mais de 28 milhões de casos registrados, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa.   Ou seja: ainda é alto o número de novas infecções, mas o que se nota país é a preocupação de onde passar o Carnaval. É bom lembrar que os dados sobre óbitos sobem mais lentamente. A realidade pode ser pior.

Em Recife existe um embate entre as autoridades que se dividem, com o Estado querendo não permitir a folia por causa da aglomeração e o município e forças políticas dando a maior força para a aglomeração ocorrer. A questão toma várias divisas e vejamos que os produtores culturais, os donos de blocos, os animadores, cantores e donos de trios elétricos vêm buscando uma forma de driblar as proibições.   Na Bahia, o bicho está pegando por que o governador Rui Costa – acertadamente – decidiu proibir aglomerações. Nada de grupo com mais de 1.500 pessoas. Nada de grupos carnavalescos ou manifestações carnavalescas pelas ruas da cidade, notadamente nos circuitos da Barra até Ondina ou do Campo Grande até a Praça Castro Alves. Quiçá no Pelourinho.

Mas não pense que vai ser fácil não juntar gente para uma transmissão linear da ômicron, pois são muitas as “alternativas” para driblar o governador e o prefeito de Salvador, Bruno Reis. Pelo alto computei vários eventos carnavalescos na velha Bahia. No point turístico mais procurado no Litoral Norte haverá, no dia 26 de fevereiro, a 1ª edição do ”Carnaval Praia do Forte”, evento que reunirá três nomes da música baiana: Durval Lelys, Alexandre Peixe e Filhos de Jorge. Vai ser no Boulevard dos condomínios Enseada do Castelo e Praia Bella. Haja gente.

Antes, no dia 24 – que seria o primeiro dia do carnaval oficial de Salvador - vai sair no Pelourinho o Bloquinho do Jau. Quem vai segurar o povo para não ir? Que bloquinho que nada. Na cidade do Prado, no extremo sul, desde o início do ano vem sendo anunciado um Carnaval alternativo, e a área em todo Verão é tomada por paulistas e mineiros que se juntam aos baianos. Multidão certa.

Em São Paulo está líquido e certo que a festa já começou em vários locais e já está anunciada a saída do bloco Casa Comigo, a Espetacular Charanga do França, bem como a Quermesse de Carnaval e muito mais. No Rio de Janeiro, dentre tantos, foram anunciados o “Auê, Festival de Carnaval”, durante seis dias no Santo Cristo, e ele que proteja; e o Carnarildy, no Gramado do Riocentro, entre os dias 25 e 28 de fevereiro. Lá estarão Thiaguinho,  Ludmilla, Anitta e muito mais gente. E haja público durante três dias. E haja contaminação.

Os eventos, garantem os realizadores, estão sendo realizados cumprindo todas as orientações de prevenção à covid. A pergunta é quem controla multidão. A outra é quem lembra de máscara quanto a coisa ferve. E quem controla a entrada depois de algum tempo. Os realizadores bem que podiam já mandar pulseirinha de acesso para a ômicron e para a BA.2.  Convidados já estão. O Brasil é uma festa. Mas depois vêm as cinzas. Como se homenageava Momo muito antes dos tempos da nova pandemia. Evoé! Feliz Carnaval Fake. “É o bicho, é o bicho...”

Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista. E-maii: [email protected]