Ex-prefeito foragido é caçado por policiais baianos e investigadores de outros estados

Por Jairo Costa Júnior

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  • Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Foragido há dez dias, desde que teve a prisão preventiva determinada pelo Tribunal de Justiça da Bahia, o ex-prefeito de Santo Amaro Ricardo Machado (PT) virou alvo de uma caçada que envolve dezenas de policiais da Bahia e investigadores de forças de segurança convocados em outros estados. O cerco inclui monitoramento de telefones, pessoas, contas bancárias, empresas, propriedades rurais e endereços residenciais ligados ao petista. No entanto, a varredura não havia produzido resultados até a noite de ontem.  Hoje, os promotores que cuidam da Operação Adsumus no Ministério Público do Estado devem pedir a segunda prisão de Ricardo Machado, que é esperado para a primeira audiência em um dos processos originados da operação que desmontou em 2016 o esquema de desvios milionários em prefeituras do Recôncavo.

Válvula de escape  Pela dificuldade em localizar o paradeiro de Ricardo Machado, integrantes da Adsumus desconfiam que ele recebe ajuda de profissionais experientes em despistar a polícia. 

Batata quente Um grupo de 15 vereadores entregou um abacaxi para o presidente da Câmara, Leo Prates (DEM), descascar nos próximos meses. Em conversas reservadas, os parlamentares disseram que vão votar em quem o democrata escolher para sucedê-lo no comando da Casa, cuja eleição está prevista para o fim do ano. A ala, que inclui integrantes da base aliada e da oposição, representa mais de um terço dos 43 vereadores e pode  ser decisiva na disputa. Se por um lado o movimento serve como termômetro da popularidade de Prates entre os pares, por outro colocará o democrata em saia justa com  os nomes preteridos por ele.

Dentro e fora A sete meses da eleição para a Câmara de Vereadores, os dois principais candidatos - Geraldo Júnior (SD) e Kiki Bispo (PTB) - traçaram rumos diferentes para ganhar musculatura na corrida, apurou a Satélite entre lideranças da Casa.  Secretário de Esporte e Lazer da prefeitura, Geraldo costura apoio maior fora do Legislativo, junto a segmentos influentes, como o mercado imobiliário. Já Kiki aposta mais nas costuras internas. Frequentemente, toma café da manhã, almoça e janta com colegas das mais variadas correntes. Segue o mesmo caminho que o atual presidente em 2016.

Boca de brasa Conhecida como “secretária-bomba” na força-tarefa da Lava Jato, a baiana Maria Lúcia Tavares vai depor ao juiz Sérgio Moro em 25 de junho, por videoconferência  em Salvador. A intimação foi assinada por ela no último dia 30, no âmbito da ação sobre o sítio de Atibaia atribuído ao ex-presidente Lula. Arquivo-vivo do departamento de propinas da Odebrecht, foi ela quem revelou os dutos ilegais de dinheiro para políticos.

Longe demais Indagado sobre as especulações de uma eventual candidatura a senador ou vice  do ex-prefeito de Feira José Ronaldo (DEM) na sucessão estadual, o presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, classificou o assunto como “fofoca”. “Não tenho o menor interesse em voltar para a política. Zero chance e ponto final”, disse.Pelo entendimento que já temos, é irreversível. Há um ano que o partido conversa com ele. É natural Benito Gama, deputado federal da Bahia e vice-presidente nacional do PTB, ao afirmar, em entrevista ao site Bahia Notícias, que a legenda praticamente fechou apoio ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo AlckminPílulaBoi na linha - Novas informações sob a guarda da Polícia Federal (PF) prometem causar rebuliço em um dos mais rumorosos casos atrelados à Lava Jato no estado.