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Executivo rompe contrato milionário após ofensa racista em reunião

O diretor de tecnologia da Proz Educação, Juliano Pereira dos Santos, foi chamado de "negão" em videochamada

  • D
  • Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2022 às 18:44

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Arquivo pessoal

A Proz Educação, empresa voltada à oferta de cursos profissionalizantes, encerrou um contrato de R$ 1 milhão com a Optat Consulting, fornecedora homologada à Oracle, multinacional de tecnologia, após o caso de uma ofensa racista.

Juliano Pereira dos Santos, diretor de tecnologia da Proz, foi chamado de "negão" pelo representante da Optat Matheus Mason Adorno durante uma reunião por videoconferência.

Além de encerrar o contrato, Juliano entrou com um processo na 5ª Vara Cível da Comarca de Campinas, em São Paulo, contra Matheus, com um pedido de indenização por danos morais. De acordo com o G1, a ação foi protocolada na última sexta-feira (24).

A reunião entre as empresas aconteceu em outubro do ano passado para tratar do desenvolvimento de um novo software para a Oracle e reuniu representantes das duas companhias credenciadas. Durante a videochamada, Matheus disse a Juliano: "Pô, negão, aí você me f***".

"O sentimento foi de revolta. Isso não pode mais ser tolerado. A decisão foi imediata, durante a reunião, eu falei que o contrato estava rescindido, porque tenho autonomia para isso. Conversei com meus sócios, que entenderam, e isso foi imediatamente acordado. A gente não teve dúvida. Isso fala muito da cultura da empresa, a gente não vai permitir que isso aconteça nem uma, nem duas, nem mil vezes", contou Juliano ao G1.

O executivo também processou a Oracle por suposta omissão. Segundo ele, a empresa manteve o contrato com a Optat mesmo após saber do caso. Cada uma das ações tem valor de indenização de R$ 50 mil. 

Em resposta ao ocorrido, Matheus Mason declarou que sua fala "escapou inconscientemente". "Foi inadequada sim, mas eu me retratei na hora, e acho que ele mesmo entendeu isso. Ele entendeu que não foi um crime, até porque se fosse um crime o processo deveria ser na esfera criminal e não cível. Eu não tenho interesse nenhum em brigar, mas eu me retratei. Foi uma figura de linguagem. Sou antirracista e acho que o Brasil tem sim um racismo estrutural que precisa ser combatido", afirmou.