Exemplares do CORREIO acabam em poucas horas nesta sexta-feira (20)

Copo do Afro Fashion Day, vendido junto com o jornal, foi o motivo da alta procura

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  • Wendel de Novais

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 20:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

"Não tem mais, já levaram tudo", repetiu Ilson Duran, 55 anos, proprietário da banca Arts Leitura, localizada no bairro do Stiep, para muitos dos soteropolitanos que procuraram um exemplar do CORREIO que, nesta sexta-feira (20), foi vendido na companhia de um copo especial do Afro Fashion Day. A procura foi tanta que os 15 mil exemplares disponibilizados para venda ficaram nas prateleiras por menos de duas horas, segundo relatos dos donos das bancas na capital baiana.

Ao CORREIO, Duran falou sobre o curto espaço de tempo em que os clientes levaram todos os exemplares disponíveis nas bancas. "A demanda foi muito maior do que a procura. Não deu nem uma hora de banca aberta e já tinha acabado. Isso porque eu segurei, viu. Tinha gente que queria comprar três ou quatro jornais e eu dizia que só podia um. Se não fosse isso, em meia hora, não teria mais nenhum por aqui", relatou o senhor, que precisou lidar com a frustração de dezenas de pessoas que foram em busca do jornal depois das 8h e voltaram de mãos abanando. Exemplares do jornal saíram rápido das bancas (Arisson Marinho/CORREIO) No Chame-Chame, mais precisamente na banca Salinas, a tristeza com o término dos exemplares foi tanta que teve até quem acusasse a proprietária, Lorência Rodrigues, 54, de guardar os jornais e os copos para a família. "Eu abri 6h e 6h30 já não tinha mais copo. A procura foi muito grande. Muita gente toda hora perguntando do jornal. Quando tem promoção, acaba tão cedo que o pessoal pensa que é a gente que tá escondendo para a família como aconteceu hoje", contou Lorência, que levou a situação na piada para não se estressar.

Vera Fonseca, 55, dona da banca Caramelo, que fica em Brotas, falou que, quando chegou para abrir o local, já tinha gente esperando por ela na intenção de adquirir o jornal. "A procura foi boa demais. Quando eu cheguei na banca, o povo já estava esperando pra comprar, tomei até um susto. Abri a barraca umas 7h30 e, antes das 9h, já não tinha nada. O povo tava doido atrás desse copo", lembrou Vera, que, assim como Ilson, precisou regrar as vendas para que poucas pessoas não levassem todos os exemplares. Donos das bancas precisaram regrar as vendas para que mais pessoas conseguissem comprar  (Arisson Marinho/CORREIO) Outro que não ficou com os exemplares nas prateleiras foi Pedro Almeida, 52, proprietário da Banca Maria, localizada no Garcia. Ele viu o jornal e os copos da promoção saírem em um passo de mágica. "O Jornal Correio? Acabou foi cedo. O pessoal correu pra cá e umas 8h já não tinha mais nada. Quem veio depois, infelizmente, ficou sem. A procura foi muito grande", relatou.

Promoção de Sucesso A gerente de mercado-leitor do CORREIO, Mara Salmeron, fez um balanço positivo da ação promocional. "A promoção foi ótima. Mesmo com chuva, que normalmente atrasa a saída do jornal em dias normais, a tiragem levada às bancas acabou rapidamente, a procura pelos exemplares foi grande", avaliou Mara.

Para a gerente, o que consolidou ainda mais a avaliação positiva do rendimento da promoção foi que, mesmo com o aumento da quantidade de exemplares, que foi para 15 mil, nenhuma das bancas ficou sem vender um jornal sequer. "A gente aumentou a quantidade de exemplares porque, em promoções assim, sempre pedem para aumentar e recebemos essa resposta muito positiva dos leitores que levaram todos para casa", dise. Avaliação da promoção é a melhor possível (Arisson Marinho/CORREIO) Procura especial É claro que o grande motivo para que a saída dos copos acontecesse de maneira tão rápida foi a promoção que fazia com que os clientes levassem, além da edição do impresso desta sexta, um copo do Afro Fashion Day. Mas, algumas dezenas desse material, saíram logo dos seus pontos de venda por outro motivo: a presença da pequena Maria Eduarda, 8 anos, na capa do jornal. Seus familiares comprassem muitos exemplares do CORREIO.

A menina foi entrevistada para uma matéria sobre a autoestima de crianças pretas. Segundo Sirlete Santos, 43, diarista e mãe de Eduarda, a empolgação foi tanta que o pai da menina, Galdino da Sllva, 54, comprou todos os exemplares que viu pela frente. "Ele não sabia que ia sair. Quando ele viu, foi atrás nas bancas e disse que comprou todos os jornais que achou. Disse que ia mandar pro interior, pra família aqui mesmo em Salvador e guardar para mim. Ficou todo feliz com ela no jornal", lembrou. 

Sirlete também afirmou que os parentes, quando informados da presença de Maria Eduarda no CORREIO, correram para as bancas na tentativa de garantir seu exemplar. "A família é grande e todo mundo queria ficar com um jornal depois que eu falei no grupo que temos no Whatsapp. Minha irmã disse que o copo que vem junto é muito legal, mas que o motivo principal de ter comprado foi a presença da sobrinha. Que, mesmo sem copo, compraria", contou.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo.