Expectativa e realidade no Brasileirão: dupla Ba-Vi entrega o que prometeu

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Publicado em 22 de novembro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O Brasileirão chega à reta final e agora já é possível fazer uma análise mais próxima do que será o campeonato quando chegar ao fim, no dia 2 de dezembro. Faltando apenas três rodadas (incluindo a atual, que ainda não terminou), a maioria dos times está entregando o que prometia em abril, quando a competição começou.

No recorte particular da dupla Ba-Vi, o índice de surpresa é zero. O Vitória, que terminou 2016 e 2017 em 16º lugar e só escapou do rebaixamento na última rodada, faz mais um ano no limite, sempre brigando para não cair, beirando o Z4 ou dentro dele. Foram 16 rodadas na zona de rebaixamento e 19 fora. Destas, quinze foram em 14º, 15º ou 16º lugar.

Também era esse o prognóstico de sete meses atrás, após eliminação nas quartas de final da Copa do Nordeste, derrotas em sequência nos Ba-Vis e, tudo isso, com um futebol notadamente pobre. Tanto que o clube apostou suas fichas nas contratações que faria durante a pausa para a Copa do Mundo. Os reforços chegaram, porém abaixo do nível esperado e necessário para fazer o time evoluir. Tem sido um ano sofrido, fiel ao que o desempenho em campo prometeu desde o início.

O Bahia, que demorou a engrenar, manteve a base de 2017, responsável por dar ao clube o atual patamar mediano entre os 20 clubes. O tricolor não é bom o suficiente para brigar no alto da tabela, nem ruim a ponto de ser um dos quatro piores do Brasileirão, longe disso. Tem um grupo equilibrado, uma maneira de jogar assimilada pelos jogadores e possui, dentro das condições financeiras atuais do clube, um elenco satisfatório. 

O time trocou treinador em junho, perdeu o título da Copa do Nordeste em julho e, mesmo jogando cinco competições ao longo do ano, consolidou um futebol digno quando foi realmente colocado à prova. Além de ter começado esta 36ª rodada em 11º lugar, parou nas quartas de final da Copa do Brasil e nas quartas da Sul-Americana, campanhas coerentes com uma equipe com status de meio de tabela, como Atlético Paranaense (este ano um pouco acima), Botafogo, Fluminense e agora também o Bahia.

Assim como o Vitória, dá para dizer que o tricolor foi honesto com seu torcedor, entregando aquilo que prometia no início da Série A. Só que a realidade do Bahia, dentro e fora de campo, é melhor que a do Vitória atualmente, o que é coerente com a disposição de cada um na tabela.

Fora da esfera local, o primeiro lugar do Palmeiras até surpreendeu pelo crescimento espetacular dentro do campeonato, mas não destoa do que era possível projetar em abril. Campeão em 2016, e com dinheiro sobrando para segurar peças importantes como Dudu, fatalmente o time alviverde era um dos favoritos. O que não se esperava era a liderança do São Paulo em parte da competição, tampouco do Internacional logo no ano seguinte ao acesso. Estes superaram expectativas.

Outro que saiu da linha planejada foi o Corinthians, só que negativamente. Campeão com folga no ano passado, o time também iniciou o Brasileirão 2018 como um dos favoritos e acabou escorado na metade de baixo da tabela. Pesou o fato de, na pausa da Copa do Mundo, ter se desfeito dos destaques Rodriguinho e Balbuena e do técnico Fábio Carille, além do lateral Sidcley e do volante Maycon.

Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras.