Exposição apresenta trabalho do Lina Bo Bardi no MAM

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  • Cesar Romero

Publicado em 24 de janeiro de 2022 às 05:02

- Atualizado há 10 meses

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No Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão, uma homenagem a sua criadora Lina Bo Bardi (1914–1992). A exposição leva o nome de O Museu de Dona Lina com curadoria de Daniel Rangel. A Quinta do Unhão é um conjunto arquitetônico brasileiro, localizado em Salvador. É integrado por um Solar e pela Capela de Nossa Senhora da Conceição, um cais privativo, fonte, aqueduto, chafariz e um alambique com tanques. 

Na década de 1940, foi tombado pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Foi adquirido pelo Governo do Estado e, desde a década de 1960, abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). A inauguração do MAM, em 1969, sucedeu o trabalho de restauração da arquiteta Lina Bo Bardi, que veio a ser sua primeira diretora.  

O MAM, hoje, oferece biblioteca especializada, banco de dados, oito salas de exposição, sala de vídeo e teatro/auditório. A direção geral do Museu é de Pola Ribeiro, cineasta e gestor público. As obras notáveis de Lina Bo Bardi compõem a restauração do MAM, o Museu de Arte de São Paulo e o SESC Pompéia em São Paulo. 

A exposição O Museu de Dona Lina resgata o pensamento e o olhar de Lina Bo Bardi com relação ao Solar do Unhão, quando propôs a união no mesmo espaço e tempo das diversas escolas. 

Segundo o curador Daniel Rangel, o museu se torna esteio para o momento atual da instituição, apoiada por um tripé que reforça a identidade: o legado de sua mentora, o local histórico-arquitetônico-geográfico onde está instalado; e sua singela coleção artística formada ao longo de mais de 60 anos de existência. A montagem é bem resolvida quando há diálogos, entre artesanato, arte moderna e contemporânea. Assim, objetos e artefatos fazem um diálogo ao lado de artistas brasileiros consagrados na história da arte brasileira como Portinari, Tarsila do Amaral, Francisco Brennand, Marcelo Grassmann, Gilvan Samico, Mario Cravo Junior, Mario Cravo Neto, Sante Scaldaferri, Oswaldo Goeldi, Iberê Camargo.

Ao todo, são 250 obras entre pinturas, desenhos, esculturas, objetos, fotografias, serigrafias, instalações e utilitários de 76 artistas de diferentes gerações e contexto de produção, além daqueles não identificados que integram a coleção de arte popular do Solar do Ferrão. Ainda os artistas Juraci Dórea, Renina Katz, José de Done, Francisco Rebolo, Quirino da Silva, Siron Franco, Luiz Claudio Campos, José Henrique Barreto, Ana Kruschevsky, Ema Valle e outros. Lina Bo Bardi foi premiada com o Leão de Ouro em memória pelo conjunto da obra na 17º Bienal de Veneza em 2021. Postumamente veio o reconhecimento de suas conquistas.