FAB recolherá pedaços de avião e ouvirá testemunhas de acidente em Maraú

Agentes do CENIPA fazem uma ação inicial sobre a queda da aeronave que deixou uma pessoa morte e outras nove feridas

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 15 de novembro de 2019 às 19:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Dudu Face/Camamu Notícias

Investigadores do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), realizam nesta sexta-feira (15) em Maraú, no sul da Bahia, uma coleta de dados sobre o acidente aéreo ocorrido nesta quinta, que deixou uma pessoa morta e outras nove feridas.

Os oficiais, que fazem parte do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), fazem uma Ação Inicial sobre o acidente, ocorrido no distrito de Barra Grande. O avião de matrícula PT- LTJ, de propriedade do banqueiro José João Abdalla Filho, caiu no momento do pouso.“A ação Inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos”, informou a FAB em comunicado ao CORREIO.Conhecido como Juca Abdalla, o empresário é dono do banco Clássico, do Rio de Janeiro, e é considerado pela revista Forbes como o 9º homem mais rico do Brasil e o 769º do mundo. Sua fortuna é estimada em US$ 3,1 bilhões (R$ 12,9 bilhões). Juca Abdalla estava em Nova York no momento do acidente.

A investigação realizada pelo CENIPA, de acordo com a nota, “tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram”, e a conclusão sobre a mesma, ainda de acordo com o comunicado, “terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente”.

No jatinho estavam Eduardo Trajano Elias, Marcela Brandão Elias e Eduardo Brandão (de 6 anos e filho do casal), o ex-piloto de Stockcar Tuka Rocha, além de Maysa Mussi, esposa de Eduardo Mussi, também ocupante do avião e irmão do deputado federal licenciado Guilherme Mussi (PP-SP), Marcelo Constantino Alves, Marie Cavelan, Fernando Oliveira e Aires Napoleão Guerra, piloto do avião.

Os ocupantes do avião bimotor Cessna modelo Aircraft 550, que saiu de Jundiaí (SP), iriam passar o final de semana no Kiaroa Eco-Luxury Resort. O acidente ocorreu já pista do aeroporto do resort por volta de 14h desta quinta. A vítima fatal é a jornalista e relações públicas Marcela Brandão Elias, 37.

Muito conhecida na alta sociedade paulistana, Marcela morreu carbonizada, após ficar presa às ferragens do avião, que caiu quando se preparava para o pouso. As demais vítimas conseguiram sair da aeronave logo após a queda.

Oito das vítimas estão internadas no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, por estarem com traumas diversos e queimaduras pelo corpo. A situação deles é grave, mas não há informações sobre o estado de saúde porque a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) não fornece esse tipo de informação à imprensa.

O CORREIO apurou que dentre os internados no HGE estão Eduardo Trajano, 38, Fernando Oliveira Vieira Silva, 26, Marie Cavelan, 27, Eduardo Mussi Ferreira, 33, e Eduardo Brandão, 6, que é filho de Marcela Brandão Elias. Uma vítima foi levada para Hospital do Subúrbio.