Faltam 100 dias para Tóquio-2020 e a Bahia vai marcar presença

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  • Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2021 às 07:42

- Atualizado há um ano

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Não parece, mas daqui a 100 dias, mesmo com todo caos mundial devido à pandemia de covid, atletas de todo planeta vão se reunir num ato de resistência e esperança para a realização da adiada Olimpíada de Tóquio-2020. As mortes e o medo causados pela crise sanitária fazem o clima olímpico passar ao largo em meio a tantas preocupações. Contudo, os Jogos estão confirmados, mesmo sem turistas estrangeiros e com público limitado nos ginásios, e muitos baianos representarão o Brasil com ótimas condições de voltar do Japão com medalhas.

Até o último domingo (11), o Brasil tinha 200 vagas garantidas na Olimpíada. O país tem a expectativa de levar entre 250 e 300 atletas a Tóquio. Três baianos já carimbaram seus passaportes, mas a delegação de nosso estado tem ao menos mais cinco nomes muito próximos de fazer história na Olimpíada, todos com chances de ganhar uma medalha.

As águas baianas serviram de berço para os três atletas já classificados. Na maratona aquática (10km), a soteropolitana Ana Marcela, atual líder do ranking mundial, é favorita ao ouro. Os outros dois postos são de mais dois líderes no ranking de apostas ao lugar mais alto do pódio: o ubaitabense Isaquias Queiroz, trimedalhista na Rio-2016, e o ubatense Erlon de Souza, medalha de prata no C2 1.000m, ambos na canoagem velocidade.

No futebol feminino, que já garantiu sua vaga no Japão, três baianas devem estar na lista de 18 atletas convocadas pela treinadora Pia Sundhage. As defensoras Rafaelle (de Cipó) e Fabiana (Salvador), além da superatleta olímpica Formiga (Salvador), dona de duas medalhas de prata (2004 e 2008) e que, aos 43 anos, deve tomar conta do meio-campo nacional pela 7ª Olimpíada consecutiva, recorde nacional de participações que divide com Robert Scheidt.

No boxe, pelo qual o baiano Robson Conceição conquistou em 2016 o primeiro ouro no esporte para o Brasil, a também soteropolitana Beatriz Ferreira, líder do ranking e atual campeã mundial na categoria 60kg, é favorita ao ouro. Hebert Conceição Sousa (Salvador), medalhista de bronze no último Mundial (75kg), e Keno Machado (81kg, de Conceição do Almeida) estão hoje bem ranqueados como 2º colocados nas Américas e dificilmente perderão a vaga na Olimpíada, com boas chances de ir ao pódio.

Outros atletas baianos do boxe podem conseguir vaga através do Pré-olímpico das Américas, que acontecerá em maio, em Buenos Aires. Nas águas abertas, Allan do Carmo tentará, em 30 de maio, umas das últimas 15 vagas na prova masculina. Com seletivas abertas até junho, o atletismo também pode levar alguém da Bahia aos Jogos.

A esperança de um bom desempenho do estado é grande, mas é importante fazer uma reflexão sobre esse panorama olímpico. Praticamente não houve renovação nos nomes baianos desde o ciclo da Rio-2016, iniciado em 2013. O esporte local segue sobrevivendo de trabalhos pontuais, concentrado em três modalidades. Muito pouco para o tamanho da nossa economia, população e talento. Mas isso é um assunto para Paris-2024. Por ora, toda nossa fé e torcida ficam para Tóquio. A chance de brilhar, novamente, é grande.