Febre aftosa: Aumenta percentual de animais vacinados na Bahia

Percentual alcançado na segunda fase da campanha de vacinação é o maior dos últimos três anos

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  • Georgina Maynart

Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 07:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: (foto: divulgação)

O índice de cobertura vacinal contra a febre aftosa na Bahia chegou a 95,42% do rebanho previsto para a segunda etapa da campanha de vacinação encerrada no fim do ano passado. É o maior percentual dos últimos três anos.

Os dados da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) mostram que o número de animais imunizados chegou a 2.945.042 no total.

Nos dois anos anteriores a média alcançou pouco mais de 93% dos animais, índice que já atendia o que preconiza a Organização Mundial de Saúde Animal e o Ministério da Agricultura. Nesta segunda fase a vacinação era obrigatória apenas para animais com até 24 meses de idade. A Bahia possui cerca de 3 milhões de bovinos e bubalinos nesta condição.

O percentual de propriedades rurais da Bahia que cumpriram o prazo de vacinação também aumentou, subiu de 75% para 93% das fazendas. “As ações educativas desenvolvidas pela ADAB tem apresentado resultados significativos, o sucesso da campanha vacinal contra a Aftosa é uma delas, evidenciando que o melhor caminho é a adoção de ações sincronizadas com os produtores”, afirma Maurício Bacelar, diretor geral da ADAB.O prazo para vacinação foi encerrado em novembro do ano passado, mas os pecuaristas tiveram até dezembro para notificar a vacinação através do sistema eletrônico de defesa agropecuária, e só agora os dados consolidados estão sendo divulgados.

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa. A Bahia possui certificação de Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação há 22 anos. A expectativa é a de que o estado possa conquistar no futuro o status de zona livre sem vacinação, como já ocorre em Santa Catarina. 

Ainda segundo a ADAB, a última campanha de vacinação contou com a adesão de pecuaristas de todas as regiões do estado, inclusive dos pequenos produtores.

“Graças à essa parceria e à dedicação dos servidores da agência, conscientizando também os trabalhadores rurais, conseguimos ultrapassar nossa meta e chegar onde não havíamos chegado antes, em todas as regiões da Bahia”, acrescenta Bacelar.

Além do combate a febre aftosa, as equipes de defesa agropecuária têm intensificado as ações para evitar a entrada na Bahia de outras doenças, como a peste suína clássica. A PSC já foi registrada em outros estados e provocou o sacrifício de mais de 6,5 mil animais no ano passado no Nordeste.