Feita para durar: agência de publicidade Viamídia comemora 25 anos de funcionamento

Data é marcada por inauguração da nova sede e momento de renovação na agência

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  • Wendel de Novais

Publicado em 14 de outubro de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nara Gentil

"Essa sede foi inaugurada porque a Viamídia foi feita para durar, com qualidade para isso. Em termos de vida, quero continuar nessa atividade, pelo menos, até os 70", declara, com segurança, Americo Neto, 45 anos, sócio-fundador da Viamídia, agência baiana de Publicidade e Propaganda que está entre as maiores do Nordeste. A declaração é dada de uma das três salas de reuniões da nova sede própria da agência, que conta com 422 metros quadrados e equipamentos de alta tecnologia. Cenário bem diferente da sala de menos de 20 metros quadrados em que o empresário deu os primeiros passos da Viamídia na companhia de dois sócios, que eram seus colegas no quarto semestre da faculdade, há 25 anos. 

Na sala pequena, que era, na verdade, um cômodo da casa de um dos sócios, ficavam duas portas usadas como mesas, quatro cavaletes para apoio, dois computadores e uma impressora que eram os bens da empresa formada por três pessoas e que não tinha nenhum cliente. De lá para cá, tudo aumentou. Os bens são quase que incontáveis, a empresa já conta com 32 colaboradores e tem, em sua carteira, 30 clientes, sendo alguns deles a Oi Nordeste, o Shopping Bela Vista, o Colégio São Paulo e a Indiana Veículos.

Paixão por empreender

O crescimento da empresa, que perdeu dois dos seus sócios-fundadores ao longo dos anos, tem muito a ver com quem permaneceu. Filho de uma funcionária pública e um empresário, Americo Neto é fascinado pela atividade de empreender. "A empresa do meu pai quebrou quando eu tinha 18 anos. Pelo exemplo da minha casa, deveria ser funcionário público, né?! Mas, claramente, não fico motivado se eu souber quanto eu vou ganhar no final do mês. Particularmente, gosto de ser desafiado todos os dias, correr atrás. Tanto que dois dos fundadores acabaram desistindo e eu não quis abrir mão porque meu negócio é empreender", conta ele, confessando uma paixão pelo desafio.

A característica ousada do fundador em seus negócios repercute, inclusive, nos passos da Viamídia, que começou a construir uma sede nova no meio da pandemia, quando o mundo acenava para o trabalho remoto. Segundo Americo, a iniciativa tem a ver com a característica da Publicidade e Propaganda e a vontade de ter, no dia a dia da agência, o melhor dos dois mundos. 

"Na nossa atividade, não consigo conceber uma empresa funcionando 100% on-line. Temos funcionários que atuam de forma remota, claro. Porém, o brainstorm, a ideia inusitada, a construção coletiva e todos esses pontos fundamentais para a Publicidade encolheram com o trabalho remoto. E são coisas fundamentais para uma agência que trabalha com criação", explica o empresário.

Leonardo César, diretor e sócio da Viamídia, concorda com o seu associado e acrescenta ainda que o trabalho presencial é importante na formação de novos profissionais e para construção coletiva, que é fundamental para a agência. "Houve um entendimento de que não deve ser algo absolutamente remoto. A gente precisa de contato para fomentar o diálogo dos mais novos com quem é mais experiente para alinhar experiência e inovação em conjunto porque Publicidade precisa disso. E, dificilmente, essa troca vai existir de forma tão efetiva no virtual como existe no presencial", afirma César.

Inovação e crescimento

A interação entre a equipe é cara para a Viamídia pela característica inquieta da empresa que, ao longo dos 25 anos, só fez mudar junto com o mercado, como conta Neto. "No dia a dia, eu diria que mudou tudo, menos a importância da criatividade e nossa relação com o cliente, que sempre foi próxima e assim continua. Criação continua sendo o cerne, mas todas as outras coisas como a maneira que operamos, a plataforma que usamos, o método de trabalho, tudo isso se alterou para acompanhar um setor que demanda atualização o tempo todo", declara. 

As constantes mudanças, no entanto, não reduziram o valor da Viamídia para os clientes. Pelo contrário, em alguns casos, a participação da empresa foi ampliada, ocupando tanto a parte da comunicação como o business. "Antes, a nossa atuação era no planejamento, criação e produção de campanhas publicitárias. Só que, hoje em dia, temos entregas baseadas na interpretação de dados e começamos entrar cada vez mais nos negócios dos nossos clientes pensando também em ações das empresas que transcendam o setor de comunicação quando temos essa abertura dos contratantes", ressalta César.

Mercado da Publicidade

Além de falar sobre o que se alterou dentro da Viamídia, os associados falaram também sobre como viram, ao longo destes anos, o mercado da publicidade e propaganda se alterar:

O que mudou no mercado de 1996 para cá?

"A propaganda ficou mais barata. Você pode fazer vídeo editado no celular, vai vender e pode circular em outros meios como as redes sociais. O consumidor ficou mais próximo e tem voz, aumentando a necessidade de ter cuidado para que a propaganda seja boa e real porque ela pode ser desmentida nos comentários. E, por último, a área virou um fluxo de inovações. Lembro da época que era um ano para surgir uma nova mídia. Agora, é uma  a cada minuto, uma nova rede social, ferramenta nova dentro das redes. Não tinha stories, criou. Não tinha reels, criou. E a gente que se vire para estar atento a essa mudança constante", responde Americo Neto.

Qual é o maior desafio do setor nesse momento?

"O maior desafio da área é tecnologia e dados, isso é muito claro. É botar na nossa empresa profissionais como programadores, engenheiro de dados e outros dentro da nossa lógica para, cada vez mais, ter tecnologia dentro das nossas empresas, o que é um grande desafio", declara Neto. 

Como a Viamídia chega aos 25 anos nesse mercado?

"A agência chega nos 25 anos ciente que tudo que já foi feito tem um valor muito grande. Só que conscientes de que chegamos ainda jovens e com muita coisa para fazer ainda. É um momento de mudança, que a gente tá se alinhando para ampliar nosso trabalho baseado em tudo que foi construído até aqui. Temos a consciência de que precisamos aprender, trazer gente nova e nos adaptar para ter novas conquistas. Tudo que temos é um lastro para aquilo que queremos daqui para frente", conclui César.

*Com orientação da subchefe Monique Lôbo