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Priscila Natividade
Publicado em 20 de outubro de 2019 às 16:48
- Atualizado há 2 anos
Ainda que os patrões tenham conquistado uma nova liminar no sábado (19), que permita a abertura das lojas amanhã (21), o Sindicato dos Comerciários deve manter a ação em defesa do feriado da categoria até que a mesma seja julgada, como informou ao CORREIO, o advogado da entidade, André Sturaro. >
“A decisão da desembargadora se refere a uma suspensão e não uma revogação. A gente vai continuar correndo atrás disso até que a ação seja julgada pelo coletivo de desembargadores”, destacou. >
Na prática, a folga dos comerciários está mesmo cancelada já que a nova liminar assinada pela a desembargadora do Trabalho, Margareth Rodrigues Costa, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região está mantida. Entretanto, o feriado permanece para os trabalhadores do setor de supermercados e de lojas que fizeram os acordos coletivos com os patrões. >
O documento que a favor do Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas) derruba a liminar concedida pela juíza Cristina Maria Oliveira de Azevedo, da 22ª Vara do Trabalho de Salvador - que garantia o feriado para a categoria na segunda (21). >
Sturaro reforçou que o sindicato ainda não foi intimado. “Acredito, inclusive, que possa haver amanhã um número significativo de faltas nas lojas porque muitos comerciários não estão sabendo da liminar publicada ontem”, advertiu. >
Feriado ou não? >
A folga concedida na 3ª segunda-feira de outubro era um acordo feito entre os patrões e os empregados na convenção coletiva, mas como desde março de 2018 as duas categorias não conseguem chegar a um acordo sobre a convenção, o feriado não teria validade este ano.>
Por isso, o Sindicato dos Comerciários acionou a justiça para manter a data, até então, tradicional para a categoria. “É lamentável que outra decisão, tomada em menos de 48 horas, venha aniquilar uma tradição que já estava incrustada na cultura local e que beneficiaria em torno de 200 mil trabalhadores, pais e mães de família; Situações como esta são desanimadoras, mas terminam por encorajar a classe, razão pela qual, o sindicato continuará a buscar, pelos meios legítimos, a proteção dos direitos dos comerciários”, acrescentou Sturaro.>