Filme O Círculo aborda tecnologia e privacidade

Produção baseada em livro homônimo tem Tom Hanks e Emma Watson no elenco

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  • Roberto Midlej

Publicado em 22 de junho de 2017 às 06:01

- Atualizado há um ano

Tom Hanks é o líder da empresa O Círculo, que incorporou todas as grandes corporações de tecnologia (Foto: divulgação)A popularização do uso da internet e, especialmente, das redes sociais, despertou discussões relevantes sobre privacidade e transparência.O Círculo, livro do americano Dave Eggers, lançado em 2013, aborda essas questões e o romance ganha agora uma versão cinematográfica, com ares de superprodução. No elenco, estão estrelas de duas gerações distintas: de um lado, Tom Hanks, um dos maiores astros da história; do outro, Emma Watson, revelada em Harry Potter e agora estabelecida como uma das atrizes mais populares do cinema mundial. Para completar o elenco, em um papel secundário, mais uma revelação recente: John Boyega, que foi o Finn de Star Wars: O Despertar da Força (2015).Emma Watson é Mae, uma jovem de seus vinte e poucos anos que está cansada do trabalho nada promissor e de uma relação desgastante com o namorado, que conhece desde a infância. Para piorar, sofre com a saúde debilitada do pai, que não tem um plano de saúde.Mas a vida de Mae parece que vai passar por uma virada quando ela recebe a notícia que foi selecionada para trabalhar na O Círculo, uma empresa que trabalha com tecnologia e que promete um futuro brilhante para ela.John Boyega, de O Despertar da Força, ao lado de Emma Watson (foto: divulgação)“Essa é a oportunidade dela, a saída dela. Essa é a chance dela de conseguir cuidar da família. Eu acho que ela tem uma sensação de impotência e, de alguma forma, O Círculo dá a ela um senso de autonomia e controle. E dá esperança sobre o futuro”, disse Emma Watson sobre sua personagem.Tom Hanks não foi econômico em elogios à atriz: “Ela é focada e tem cadernos de anotação, onde anota o que as pessoas dizem. Depois, pega tudo isso e incorpora ao trabalho. Sua ética ao trabalhar é fascinante”. Mas, aos poucos, Mae vai descobrindo que a mega corporação de tecnologia não corresponde àquilo que ela sonhava e que a empresa não tem escrúpulos na hora de faturar alguns bilhões de dólares. O filme então ganha tons de suspense e discute os temas relacionados à privacidade dos usuários da internet.Mas o diretor James Ponsoldt (O Fim da Turnê/2015) parece ter desperdiçado tudo que tinha: a ótima ideia,  o tema polêmico e o elenco estelar não agradaram nem público nem crítica nos EUA. Na bilheteria, o filme não passou dos US$ 20 milhões. E a crítica foi unânime considerando o filme decepcionante.