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Fique no Lar amplia ferramentas para aumentar vendas online na Bahia


 

A plataforma agora possibilita que empreendedores possam conectar seus negócios com as diversas redes sociais

  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 19/03/2021 às 16:20:00
Atualizado em 23/05/2023 às 00:58:19
. Crédito: Shutterstock/reprodução

Em 2016, Frederico Teixeira começou a participar das feiras e a fazer delivery dos seus queijos brasileiros. Dois anos depois, ele inaugurava no Mercado do Rio Vermelho, a loja física da Oxe, é de Minas, uma queijaria que também comercializa doces, geleias e cafés. Como a maioria dos estabelecimentos comerciais que atuam com serviços não essenciais, eles precisaram encerrar as atividades presenciais em 2020, com a pandemia.

A saída então foi retomar o delivery e, para incrementar as vendas, eles apostaram na plataforma Fique no Lar, que é uma iniciativa das Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI).  “A experiência com a ferramenta foi excelente, pois foi lançada logo quando a pandemia estourou e, assim nós, micro empresários, agilizamos o processo dos clientes chegarem até a gente. A ferramenta é muito simples, qualquer um pode se cadastrar”, relembra.

Com o retorno das medidas mais rígidas de distanciamento social, o empresário diz que continuar apostando no comércio feito dessa forma. “Não tem outro caminho, hoje é obrigação estar no mundo digital, que já vinha num crescimento forte e a pandemia potencializou”, diz. Para ele, essa presença digital e o plano de marketing são essenciais. “Vivemos criando conteúdo, mostrando a grande diversidade de queijos que temos e como podem ser consumidos,  harmonizado com bebidas, em um bom prato ou até mesmo as famosas mesas postas, que está fazendo sucesso nesse período”, conta.

Para tentar minimizar os prejuízos, de inúmeros empreendedores, a plataforma Fique no Lar também incrementou a divulgação dos estabelecimentos cadastrados com o botão compartilhar estabelecimento. A medida tem como objetivo ampliar o contato entre os prestadores de serviços e produtos dos seus consumidores.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-governador João Leão, a ferramenta possibilita oferecer mais uma opção de contato entre o cliente e o empreendimento, possibilitando a inclusão do e-mail do estabelecimento. “Com o dispositivo compartilhar estabelecimento, o empreendedor pode incrementar a publicização do seu negócio cadastrado no #FiquenoLar, através das redes sociais (WhatsApp, Facebook e Twitter)”, esclarece. 

Gratuito

Ao contrário do que acontece em grandes marketplaces, a plataforma Fique no Lar é totalmente gratuita e conta com 6,3 mil pequenos negócios cadastrados. Desenvolvida por pesquisadores do Instituto Federal do Ceará (IFCE), a ferramenta atua como uma grande vitrine, auxiliando quem oferece e quem procura.

Quem também aprovou a plataforma foram as sócias e irmãs Maria Esther e Maria Amélia Cunha, proprietárias da Mariquita Lavanderia, que uma loja de rua. “Fomos apresentadas à plataforma em abril do ano passado e foi muito positivo porque muitas empresas não conseguem entrar sozinhas no mundo digital”, disse. Para ela, essas iniciativas que aproximam os prestadores de serviços dos consumidores são fundamentais, especialmente num momento como esse. “O comércio no universo digital veio para ficar. Não vamos voltar ao antigo normal e esse novo momento é digital”, completa Esther. 

Maria Amélia, no entanto, salienta que essa presença precisa de planejamento e de retornos rápidos para os usuários. “É preciso conhecer bem esse novo universo e estreitar o contato com a clientela. Por meio da Fique no Lar conseguimos, inclusive, trazer novos clientes”, comemora. 

Para elas, o único aspecto negativo da ferramenta reside justamente no fato de que nem todo mundo conhecer. “Com mais visibilidade, fortalecemos a rede de quem tem serviços e produtos para oferecer e de quem precisa deles”, diz Esther.

Na Bahia

"Presente em 359 municípios baianos, a ferramenta, que foi lançada há aproximadamente um ano na Bahia para apoiar micro e pequenas empresas, tem o segmento de alimentos como líder nos cadastros. A plataforma admite qualquer empreendimento comercial que atenda com o serviço de retirada ou delivery. O empreendedor, de forma simples e didática, pode fazer o registro do seu negócio, que ficará disponível em sua região”, explica João Leão.  

Os recursos não são apenas voltados para os usuários, mas permitem que as gestões públicas possam dimensionar melhor as necessidades reais dos segmentos. Fique no Lar possui, por exemplo, um filtro por municípios cadastrados, que permite o acesso a todos os municípios registrados na plataforma. Há também o conjunto de indicadores cujos dados estatísticos disponíveis por estado e cidade tem o intuito de auxiliar nas tomadas de decisões. Já o sistema de paginação e organização permite que o administrador tenha facilidade no controle dos estabelecimentos cadastrados. A filtragem por redes sociais exibe os empreendimentos de acordo com as redes sociais selecionadas. 

João Leão diz que a contribuição para o pequeno empresário continuará ao longo do ano com aperfeiçoamentos constantes na plataforma. “Nesse momento de pandemia, intensificar esse tipo de ações é essencial”, garante o secretário. Para se inscrever ou buscar serviços e produtos, basta acessar o https://www.fiquenolar.ifce.edu.br