Fisioterapia esportiva: uma grande aliada dos atletas

Nosso colunista só está conseguindo treinar forte graças ao suporte que está recebendo do especialista na área

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  • Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo pessoal

Chego hoje a minha terceira semana completa de treinamento com foco na prova de 21km da Maratona da Cidade do Salvador, que será realizada daqui a pouco menos de um mês, no dia 23 de setembro. E reservei essa terceira coluna para falar da mais incrível descoberta que fiz neste período de preparação: a fisioterapia esportiva. Sem nenhuma possibilidade de erro, só estou conseguindo treinar forte, na busca da superação a cada treino, graças ao suporte que estou tendo do especialista na área, Bruno César Ferreira, que atende no Centro de Alto Rendimento do Esporte (C.A.R.E), na Pituba.   Nosso primeiro contato foi exatamente no dia anterior ao meu primeiro treino. De imediato, uma avaliação completa de ordem musculo-esquelética, com uma atenção voltada para analisar força e mobilidade. Toda essa análise serviu para que ele traçasse um plano de ação para prevenir eventuais lesões ao longo do processo, que seriam absolutamente normais levando em consideração o pouco tempo de preparação para uma prova de meia maratona. Afinal, treinar para correr 21 km significa estar envolvido num volume médio de 30 km semanais, muitos deles fora da zona de conforto. E para isso é necessário que o corpo esteja adaptado, o que não era (e ainda não é) o meu caso, que havia corrido no máximo 7km de uma só vez.   Por tudo isso, o risco de lesões era alto. Dito e certo. Logo na primeira semana, em meio a um treino na pista de atletismo da Escola de Educação Física da UFBA, em Ondina, senti uma dor forte no tendão de aquiles da perna direita. Concluí os 20 tiros de 400 metros, mas depois veio a conta. Era difícil até para andar. A dor era fruto de uma tendinopatia, lesão de sobrecarga ou por esforço repetitivo, que afeta um ou mais tendões, gerando muita dor e inflamação.   Isso eu descobri no dia seguinte, através de Bruno. E ali eu vi, na prática, por que este profissional é essencial para quem busca performance. Sabe quando você está com uma dor de cabeça daquelas, toma um remédio, alivia e você dá graças a Deus? Foi exatamente isso que aconteceu no dia seguinte a sessão de mais de uma hora de fisio. Acordei sem dor, sem limitação e pronto para treinar. E sem tomar nenhum remédio. No dia seguinte, corri 8km e no final de semana, 16km. Sem dor. Surreal.   A vontade de evoluir me fez seguir forçando cada vez mais o corpo e após um treino de mudança de ritmo (meio e forte) na ladeira da Barra, quem reclamou foi o joelho. Dor leve que aumentou bastante no último sábado após eu percorrer os 15km entre as quadras de tênis ali da Boca do Rio e o Porto da Barra. Diferente da tendinopatia, essa dor me impossibilitou até de subir e descer escada. Qualquer movimento era sofrível. Sem condições, pulei o treino de segunda e na terça, novamente fisio. Numa situação mais grave que a anterior, Bruno utilizou até uma técnica de referência em reabilitação utilizada pelos principais clubes de futebol do mundo, como Barcelona, Manchester United, Milan: a Eletrólise Percutânea Intratecidual, mais conhecida como EPI.   A técnica minimamente invasiva consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua, através de uma agulha de acupuntura, introduzida diretamente no local da lesão. Dói, mas o resultado é fantástico. Na quarta já acordei muito melhor, sem dor e com uma discreta limitação. À noite, o incomodo era quase nulo e, sentindo esta melhora, voltei na última quarta aos treinos na pista de atletismo da UFBA sob o comando do técnico Rafael Peralva. Deixo aqui meus agradecimentos a Bruno e vamos seguir no foco, com ou sem lesão, pois a fisioterapia esportiva auxilia os atletas nas duas situações!  

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