Fora da Globo, última Narizinho está sem trabalhar e depende de auxílio de R$ 600

Raquel de Queiroz atualmente é professora de ballet e sonha em retomar carreira de atriz

Publicado em 11 de maio de 2020 às 09:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

A última Narizinho que protagonizou o Sitio do Picapau Amarelo, Raquel de Queiroz, não tem tido vida fácil durante a quarentena. Sumida da TV desde a adolescência, hoje aos 24 anos ela trabalha como professora de ballet mas ficou sem dar aulas por conta da pandemia e, por isso, está esperando o aucílio emergêncial do governo federal.

A jovem faz ballet desde criança se formou como professora e estava dando aulas em uma escola de dança no Rio de Janeiro, mas o estabelecimento teve de suspender as atividades devido à pandemia de coronavírus (Covid-19). 

"Fico organizando, montando planilha de aula, essas coisas. A gente está sempre mandando vídeos para [as redes sociais da] escola. Mas não estou trabalhando nem recebendo. Estou contando com o auxílio, que não saiu até agora. Em análise eterna", ironizou Raquel em entrevista ao portal Notícias da TV. 

O governo federal tem fornecido R$ 600 como auxílio emergencial a pessoas que ficaram sem renda durante este período, mas muitos cidadãos estão encontrando dificuldades no sistema da Caixa Econômica Federal para receber o benefício. 

Enquanto espera, Raquel sonha com a retomada de sua carreira de atriz. Além de Narizinho, ela interpreou a personagem Gisele em Páginas da Vida (2006), escolhida pelo próprio autor Manoel Carlos para o papel. Ainda fez participações no especial Por Toda Minha Vida e na novela Três Irmãs (2008). 

O contrato dela tinha validade até 2010, e após o vencimento não foi renovado. Nessa época, Raquel já estava com 15 anos, fase em que muitos atores mirins caem em um limbo, sem papéis nem de crianças nem de jovens adultos. 

"Depois disso, eu não recebi nenhum convite, não tive novas oportunidades. E tive que me mudar [de casa], mudei de telefone, perdi contato com eles [produtores], não teriam como me achar. Não fiz nenhum curso de teatro porque eu precisava fazer um curso em que tivesse retorno [financeiro] imediato. Moro sozinha, tenho contas pra pagar", diz ela, que além de professora também trabalhou como esteticista.

Quando o período de quarentena passar, Raquel tem vontade de voltar à TV. Ela pretende retomar contatos e buscar agências que possam ajudá-la a trabalhar como atriz novamente. 

"Vou continuar com as aulas de balé, que são meu ganha-pão. Mas quero voltar a atuar, gostaria muito de voltar para a TV, muito mesmo. Eu me sentiria realizada hoje em dia voltando a trabalhar com isso", deseja.