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Da Redação
Publicado em 12 de março de 2021 às 15:01
- Atualizado há 2 anos
Aos domingos, a Feira do Rolo causa aglomerações no subúrbio de Salvador intensificando os riscos de contágio da população pelo coronavírus. Em operação conjunta, a Polícia Militar e a Prefeitura, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), trabalham, desde o último domingo (7), para coibir a realização da feira. A ação conjunta terá duração de dois meses e conta com a participação de 100 agentes da Semop, da Guarda Civil Municipal (GCM) e da PM-BA. A fiscalização acontece na área que compreende o Largo do Tanque, a Rua Nilo Peçanha e a Baixa do Fiscal.>
A iniciativa tem como objetivo principal promover a dispersão das pessoas no local, com presença da força-tarefa atuando de forma ostensiva. Ainda é esperado que a ação consiga desfazer a feira irregular.>
“No momento, a prioridade maior que vivemos é a preservação da saúde pública, evitar aglomerações para preservar a saúde. O foco da operação é ocupar o território para impedir que a feira se instale. Inclusive, esse não é um local autorizado pela Prefeitura para esse tipo de comércio”, afirma o comandante da 16ª CIPM, major PM Ribeiro Paz. A corporação atua com diversas unidades, inclusive a Rondesp - BTS, e pode solicitar apoio de tropas especiais durante a ação.>
Com apoio de 21 viaturas, três grupos se dividem em rondas na “poligonal” da Feira do Rolo, evitando a aglomeração e impedindo a comercialização dos produtos de origem duvidosa. O material inclui ainda objetos provenientes de descaminhos, falsificados, venda de ilícitos e armas, e até animais silvestres.>
De acordo com o Major Ribeiro Paz, as forças de segurança começam a ocupar a área na noite de sábado e o trabalho de fiscalização intensificada perdura até o domingo, ocorrendo, inclusive, durante a madrugada.>
A secretária municipal de Ordem Pública, Marise Chastinet, salienta que a Feira do Rolo é cotidiana e irregular. Por esse motivo, as fiscalizações são intensificadas todos os domingos. >
“No entanto, diante do cenário de pandemia, temos realizado uma operação mais fortalecida e não iremos permitir aglomerações ou qualquer outra coisa que vá de encontro aos decretos”, destaca.>
O diretor de Operações e Serviços Públicos da Semop, Adriano Silveira, afirma que o que acontece nesta região não é o comércio de ambulantes, mas sim a desordem pública. “Se porventura detectarmos irregularidades, o material é apreendido e, a depender da situação, o indivíduo é encaminhado para a delegacia”, explica.>
No primeiro final de semana de fiscalização mais intensa, a região da Feira do Rolo foi esvaziada, segundo o diretor-geral de Segurança e Prevenção à Violência da Guarda Civil Municipal de Salvador, Maurício Lima. >
O diretor-geral relembra que repetidas fiscalizações ocorreram na Baixa do Fiscal entre junho e novembro de 2020, o que fez com que os ambulantes passassem a fazer a feira no Largo do Tanque.>
“O combate à feira é dificultado pelas pessoas que insistem em comercializar produtos no local e pelo público que vai à feira mesmo sabendo que é irregular. Sem público não teria feira. Com isso, ao invés de colocar energia na pandemia, temos que desviar esforços para combater a feira irregular”, lamenta Lima, que, assim como o Major, pede o apoio da população na ação.>
Para o trabalho é importante para que todos entendam que este não é o momento de se aglomerar. “É uma operação positiva, que ocorre sempre de forma exitosa e as equipes estão presentes durante todo o dia, sem deixar o local desguarnecido”, afirma Lima.>
A população também pode denunciar aglomerações, som alto ou qualquer outra situação referente aos decretos e ao combate à Covid-19 através do Fala Salvador, pelo número 156 ou site.>