Ford Ranger FX4 aposta no estilo off-road refinado

Sem cromados e com elementos exclusivos, picape mantém motor de 200 cv e tração 4x4. Confira avaliação em texto, fotos e vídeo

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 27 de junho de 2022 às 14:15

. Crédito: Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO

Motor turbodiesel, cabine dupla e caçamba. Assim é possível descrever a quase totalidade das picapes médias oferecidas no mercado brasileiro. Mas o consumidor quer novidades e os fabricantes estão atendendo às demandas, ampliando os portfólios.

Os perfis aventureiros são os que mais estão atraindo investimentos e a Ford já oferece duas configurações desse tipo para a Ranger. A Storm, lançada em 2020, continua em linha e, agora, a empresa apresentou uma nova opção, a FX4.

Essa versão é uma leitura mais refinada da Storm. É baseada na XLT, mas sem cromados: a grade dianteira tem desenho exclusivo e, como a parte central inferior do para-choque, ela tem acabamento em preto brilhante. Os faróis, que utilizam máscaras escuras, são full-LED com projetores exclusivos da versão. Dê play e confira a avaliação da Ranger FX4 O para-choque traseiro, assim como os retrovisores e maçanetas, são pintados de preto e as lanternas têm máscara escurecida. O santantônio tubular, exclusivo e funcional, dispõe de pontos de ancoragem para amarração. Na lateral, os alargadores de para-lama são em preto fosco - herança da Storm.

Por dentro, acabamento em couro e banco do motorista com ajustes elétricos. Faz falta partida por botão e um sistema de acesso sem o uso da chave. Afinal, é uma picape que custa R$ 298.790, posicionada abaixo apenas da versão Limited (R$ 321.090). Pelo perfil aventureiro da FX4, a Ford deveria incluir um navegador GPS nativo, afinal, quem busca liberdade não pode ficar preso aos dados do smartphone.

A compensação vem com o FordPass, um sistema que utiliza um modem e um chip embarcado. Por meio dele é possível realizar uma partida remota, checar a autonomia de combustível e a localização do veículo.

Como anda Por baixo da carroceria, o conjunto motriz é o mesmo: motor 3.2 litros de cinco cilindros associado a uma transmissão automática de seis velocidades. Ainda faz parte um sistema 4x4 e a opção de bloqueio de diferencial, muito útil em um atolamento, por exemplo.

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O motor continua rendendo 200 cv de potência aos 3 mil rpm e entregando 47,9 kgfm de torque a 2.500 rpm. A novidade é um sistema que reduz significativamente as emissões de óxido de nitrogênio, ultrapassando em mais de 70% as exigências legais do Proconve 7, além de duplicar o intervalo entre as regenerações do filtro de partículas. Para isso, utiliza o reagente Arla 32.

Para isso o motor foi recalibrado, mas as médias de consumo ficaram basicamente iguais. Na nossa avaliação, o consumo urbano foi de 8,8 km/l e na estrada passa para 10,6 km/l.

A picape anda bem em diversas velocidades e tem uma direção - que conta com assistência elétrica - muito precisa. Foi avaliada em rodovias regulares e muito ruins. Também em estradas de cascalho e terra batida.

A suspensão apresentou um trabalho exemplar e a aderência em pisos de baixo atrito foi reforçada pelo uso dos pneus 265/65 R17 All Terrain Plus da Pirelli. Opcionais, eles custam R$ 2 mil a mais.

Na sua garagem Produzida na Argentina, a atual geração da Ranger está em seu final de ciclo. Ainda assim, é um veículo que foi bem atualizado ao longo dos anos - principalmente em 2019, quando teve a suspensão revista. As versões com cabine dupla contam com sete airbags e cinco anos de garantia. Nessa configuração, a Ranger pesa 2.247 kg e tem capacidade para 1.023 kg (Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO) A concorrência também está preparando mudanças. A atual geração da Chevrolet S10 está completando 10 anos e a Volkswagen Amarok será construída na base da nova geração da Ranger. Já a Nissan Frontier, que chegou em 2017 ao mercado brasileiro, passou por seu primeiro grande ajuste e chegará às concessionárias nas próximas semanas.

A versão FX4 é atrativa visualmente e conta com um conjunto mecânico parrudo. No entanto, sua diferença para a Storm - que tem o mesmo conjunto motriz - é de R$ 36.400. É dinheiro suficiente para pagar o seguro, Ipva, revisões e abastecer o tanque por algum tempo.

De qualquer forma, a FX4 pode ser comprada com desconto de 4,5% por produtores rurais e empresas. A Storm, não.