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Donaldson Gomes
Publicado em 10 de novembro de 2022 às 19:19
A Acelen, dona da Refinaria de Mataripe, está importando gás de cozinha da Argentina e retomando a operação de uma unidade que estava hibernando há três anos para acelerar o processo de fornecimento do gás de cozinha (GLP). A empresa estima que em quatro a cinco dias deverá voltar a entregar o produto acima da cota contratual estipulada para o período de manutenção. Segundo a proprietária da refinaria, os distribuidores de gás foram informados sobre a redução na oferta do produto durante a operação de manutenção de unidades que está acontecendo há pelo menos 90 dias. >
O vice-presidente comercial e trading da Acelen, Cristiano da Costa, garantiu em entrevista exclusiva para o CORREIO que em nenhum momento a empresa deixou de fornecer a quantidade do produto acertada com a cadeia de distribuição e venda do gás. “A refinaria está passando por uma parada de manutenção programada, obrigatória e requerida por lei. Esta decisão havia sido tomada ainda na gestão anterior, da Petrobras”, destacou Costa. “Quando identificamos que precisava acontecer, notificamos agência reguladora (ANP) e todos os nossos clientes oficialmente há no mínimo 90 dias”, diz. >
“Contratualmente, sinalizamos que reduziríamos para uma cota menor, dentro dos volumes contratuais previstos. Em momento algum deixamos de abastecer, estamos entregando o gás de cozinha”, afirma. >
Para ele, o cenário de dificuldades no abastecimento se explica por outros fatores, como os bloqueios nas estradas que vêm sendo realizados nas últimas duas semanas. Além disso, a retomada operacional de uma outra unidade da Refinaria de Mataripe que também produz GLP estaria demandando um esforço maior do que o previsto inicialmente. Com a chegada do produto importado da Argentina e o reinício da produção na unidade que estava parada há três anos, a Acelen projeta fornecer um volume de GLP maior que o contratualmente previsto durante a manutenção. >
“O mercado brasileiro de GLP é extremamente curto, apertado. Não existem muitas alternativas de comprar em outros lugares. A Acelen se programou para substituir a queda de produção por importações e estamos fazendo isso”, destaca Cristiano da Costa. >