Funcionária do MEC é achada morta no DF; cozinheiro confessa crime

Os dois pegavam o mesmo ônibus diariamente; ele a assediou e matou após recusa

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  • Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 18:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A advogada Letícia Sousa Curado Melo, 26 anos, foi achada morta no Distrito Federal na tarde desta segunda-feira (26), de acordo com o marido, Kaio Fonseca Curado de Melo, 25. Letícia, que era funcionária do Ministério da Educação (MEC), estava desaparecida desde a sexta-feira.

O cozinheiro Marinesio dos Santos Olinto, 41, confessou ter estrangulado Letícia. Ele levou os policiais até o corpo, que estava em um tubo de concreto na margem de uma estrada que leva ao Vale do Amanhece, em Planaltina. O caso é tratado pela Polícia Civil como feminicídio. 

Segundo o Correio Braziliense, Marinesio disse à polícia que conhecia Letícia porque pegava o mesmo ônibus que Letícia rotineiramente, seguindo de Arapoangas para o Plano Piloto. Na sexta, ele estava de carro. Deixou a filha na escola e depois parou em frente ao ponto de ônibus onde Letícia estava. Os dois conversaram e ela aceitou uma carona para ficar na rodoviária e pegar de lá um ônibus para o Plano Piloto.

Durante a carona, o cozinheiro teria assediado Letícia, que o recusou. Ele então a atacou. Depois de matar a advogada, ele jogou a bolsa dela fora, tirando alguns pertences, e desovou o corpo.  (Foto: Divulgação) Ele foi identificado pela polícia com ajuda de imagens de câmera de segurança, que mostraram o carro dele parado em frente ao ponto de ônibus antes de Letícia chegar ao local. "Em seguida, ele deixa o lugar e, em vez de ir pela via principal, o que seria normal, sobe pela pista e retorna. Pouco tempo depois, para em frente a Letícia, conversa com ela por 10 segundos, e ela entra no carro", diz Robson Candido, diretor-geral da Polícia Civil, ao Correio Braziliense. No carro dele, achado no sábado, foram encontrados objetos da vítima.

Além de feminicídio, Marinesio deve responder por roubo, ocultação de cadáver e, se a perícia indicar violência sexual, estupro. Letícia deixa um filho de 3 anos.