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Decisão foi publicada pelo juiz Vallisney de Souza na terça
Yasmin Garrido
Publicado em 13 de dezembro de 2018 às 05:10
- Atualizado há um ano
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, desde setembro de 2017, recebeu nesta terça-feira (12) um presente (ou um alívio à defesa) do juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela 10ª Vara Federal Criminal de Brasília: prazo em dobro para apresentar defesa em um dos processos que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal, entidade na qual ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica.
Além dele, respondem a quatro ações penais na Seção Judiciária do Distrito Federal mais 17 acusados, entre eles o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também preso, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, o operador Lúcio Funaro e o ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto.“Considerando a complexidade do caso, que envolve diversos denunciados, os quais estão representados por procuradores distintos, concedo o prazo em dobro, de forma corrida, para a apresentação das respostas à acusação, a contar da citação já efetivada”, escreveu o juiz.A denúncia foi recebida pelo juiz Vallisney no dia 11 de novembro, mas, de acordo com a movimentação processual, os mandados de citação só foram cumpridos na última segunda (10).
Isso significa que, se antes tinha sido estabelecido o prazo de 10 dias, contados da citação, para a apresentação das defesas, agora todos os réus e corréus têm até o dia 30 de dezembro para entregar o documento.
No entanto, o recesso judicial obrigatório tem início no próximo dia 20, quando são suspensos todos os prazos processuais, com retorno às atividades apenas em 2019, o que garante às defesas mais tempo para protocolar as explicações dos clientes acusados.
Todas as denúncias, divididas em quatro ações distintas que tramitam no TRF1, são relacionadas à Operação Cui Bono, que investiga a concessão de crédito da Caixa em troca de propina.
*Com supervisão do editor João Galdea.