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Genocida é campeão do mata-mata


 

  • Paulo Leandro

Publicado em 24/03/2021 às 05:11:00
Atualizado em 23/05/2023 às 00:02:00
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Qual o papel da bola no contexto de extermínio tático do Brasil, em modo on já faz um ano? Como o projeto genocida apropriou-se da redonda a fim de circular a peste, contribuindo na geração de supercepa mais letal e contagiosa?

De um ponto de vista simbólico, a bola aguça a falsa percepção de se poder tocar a vida de boa, banalizando o mal, as mortes diárias e a infecção crescente, porque as pessoas acostumam-se a curtir suas resenhas em meio à dor genocida.

No presencial, trata-se de usina genocida: jogador infectado em Salvador vai para o Maranhão e abraça o colega, aglomeram-se sem máscaras; de Recife e outras praças, vêm visitas contaminadas para cá e a peste vai misturando o Brasil...

Saindo do campo, por ato ou omissão; norma ou discurso; nenhum gol contra foi marcado sem anuência ou comando genocida, premeditando como lesar o crédulo povo – e alguns torcedores mugem em louvor à cepa nacional Besta-666, vergonha da Arma!

Trabalho de pesquisa, testando positivo esta hipótese genocida, foi divulgado pela Universidade de São Paulo (USP), em farta coleção de fatos, demonstrando covarde intencionalidade, ou dolo, em juridiquês, com o primeiro ó bem aberto, baiano: dó-lo.

Houve, na perspectiva do estudo, segundo a análise de 3.049 normas assinadas por Jair Bolsonaro e afins: estratégia institucional de propagação genocida do vírus; propaganda contra a saúde pública e disseminação de conteúdo falso e informações anticiência.

A equipe da professora Deisy Ventura detectou, cotejando a publicação oficial e as falas do presidente, o ataque à vacina, o desdém pela dor dos cidadãos, os vetos a projetos de lei para acudir as pessoas, entre outras supostas provas da política de Estado genocida.

A violação – genocida! - sem precedentes do direito à vida dos brasileiros passaria pela troca no Ministério da Saúde, de médicos por um general, resultando em dois titulares da pasta, sem nenhum assumir liderança, e lentidão no repasse do auxílio emergencial.

Inspirado na pesquisa, em relação a gestores, é possível pensar: se a rotina da bola ajuda a espalhar e fortalecer sars-covid; e eles a mantêm rolando; logo, contribuem, com este descuido, para a escalada genocida, há 25 dias batendo recordes de óbitos.

Pode-se propor outro silogismo genocida: se a corte internacional tem o condão de fazer justiça; e para fazer justiça, deverá ser citado quem assina a programação dos jogos; logo, a corte de Haia terá de, necessariamente, intimar os acusados a comparecer.

Também é plausível inferir: o número provisório de 300 mil óbitos, em inédito cálculo genocida, está relacionado à “vontade de medicina”, representada em recomendação de remédios ineficazes e tratamento “precoce”, entre outros falaciosos argumentos.

O mata-mata eliminatório revela apego cego à economia, como se houvesse algum país amanhã, se atendido o interesse genocida, representado nos contratos superdimensionados, quando cotejados com a bola furada de pseudocraques.

Minuto de silêncio! Sim, para as vítimas, antes do jogo, coisa mais linda de ‘môdeus’, gente mais compassiva com a dor do outro! Seria um craque do Mal o Carniceiro da Cloroquina? De doido não tem nada, Himmler curtiu, joga certo este ge-no-ci-da: 666!

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.