Geomanta com 2 mil m² é entregue no bairro do Cabula

Equipamento vai proteger 100 famílias

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  • Nilson Marinho

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 14:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Agora já não é mais preciso se preocupar com os deslizamentos, com o mato alto e o mau cheiro que vinha da encosta localizada na Rua Padre Anchieta, ao lado do Conjunto Habitacional Antônio Carlos Magalhães, no bairro do Cabula. 

A área de 2,6 mil m² foi completamente impermeabilizada dando lugar a uma das maiores geomantas de Salvador. O investimento total da obra foi de cerca de R$400 mil.

Nenhuma chuva, como aquela que caiu há três anos, fará com que os sedimentos desçam encosta a baixo colocando em risco a vida de 100 famílias que moram ao entorno do terreno. 

A vendedora Antonieta Conceição, 53 anos, que possui uma casa em frente ao novo equipamento de segurança, diz que a aplicação do material impermeável era um pedido antigo dos moradores. Muitos tinham medo de que um deslizamento maior do que o de 2015 pudesse acontecer novamente. Ela lembra como era a encosta antes dos técnicos da Defesa Civil (Codesal) iniciar a operação de aplicação do material. A vendedora Antonieta Conceição, 53 anos, comemorou a entrega da geomanta (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) "Tinha muito lixo e um cheiro muito forte que vinha lá de baixo. O risco era aparente e todo mundo tinha medo de um novo deslizamento", conta a vendedora. O sentimento também era compartilhado por outros vizinhos. A dona de casa Cleonice da Silva, 63, mora no local há apenas quatro meses, diferente de outros moradores, a preocupação e o medo nunca bateram em sua porta. Sem chances de bater agora. "Graça a Deus não vou correr esse risco, mas todos me diziam que era muito preocupante. Estou feliz pela obra", comenta. 

Sosthenes Macêdo, diretor geral da Codesal diz que, desde que a tecnologia chegou à cidade, em 2015, mais de 115 geomantas já foram aplicadas em toda Salvador. Masi 25 ordens de execuções foram recentemente autorizadas pelo prefeito ACM Neto.

Essa é, segundo o diretor geral, uma tecnologia célere e relativamente barata em comparação as outras existentes. Para sua aplicação no terreno, explica, é preciso fazer uma limpeza no espaço retirando entulhos e vegetação. Só depois disso, os técnicos colocam um composto geotéxtil no solo. Por fim, o espaço recebe uma camada de concreto e uma camada de pintura de ligamento que ajuda na impermeabilização do equipamento de contenção."Era um pedido antigo da população. Recebemos, por diversas vezes, ligações de moradores que, por meio do número 199, solicitaram uma intervenção pedindo que a nossa equipe viesse até o local fazer uma limpeza e colocar uma lona", conta.A Codesal, acrescenta Sosthenes, possui oito sistemas de alerta e monitoramento e 38 pluviômetros espalhados pela cidade. Em 2018, órgão aplicou mais de 200 mil metros de lona. Em comparação ao ano passado, cresceu em 74% os chamados da população e as vistorias feitas pela equipe.

O prefeito ACM Neto lembrou que, durante uma visita ao bairro, para entregar a requalificação de uma praça, os moradores apontaram a área de risco com sendo um problema do bairro que precisava ser resolvido com urgência. Prefeitura já entrou à população 115 geomantas (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) "Então nós resolvemos autorizar a aplicação da geomanta. Essa ação a gente tem multiplicado em toda a cidade. São encostas que agora estão protegida, seja com aplicação dessa solução ou com as obras de contenção que seguem a todo vapor", disse o prefeito ACM Neto.   *com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier