Grupos pró-democracia se unem contra manifestações anti-constitucionais

Atos aconteceram por todo o país; em São Paulo houve confronto

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 31 de maio de 2020 às 17:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo pessoal/reprodução

O domingo foi dia de manifestações em prol da democracia por todo o país. Em Salvador, os atos ocorreram nas proximidades da  Mouraria, no início da manhã, quando representantes de torcidas e outros membros da sociedade civil organizada confrontaram um grupo de apoiadores do governo Bolsonaro (sem partido) e da reabertura do comércio, que planejava uma carreata pelas ruas da cidade. 

A saída dos carros foi atrasada e não houve confronto direto, no entanto, os manifestantes relataram momentos de tensão, principalmente quando os apoiadores bolsonaristas agrediram vebalmente os primeiros manifestantes que chegaram ao local, com palavras de cunho racista. 

A presença dos grupos contrários foi acompanhada pela polícia militar, que até ensaiou reprimir os grupos, mas se deparou com o fato de que não houve desordem e que, a rigor, os dois lados feriam a determinação municipal de evitar aglomeração. Logo, se houvesse detenção, ela precisaria contemplar todos os presentes, fato que também geraria aglomeração. A polícia militar tentou envitar os atos, mas preferiu acompanhar o desenrolar da manifestação que se dipersou por volta das 10h (Foto: arquivo pessoal) A representante da torcida Imbatíveis, do Vitória, Bete Dantas, fez questão de ressaltar que, à partir dessa data, onde houvesse manifestação de apoio contra a democracia, que incentivasse o racismo, a misoginia e ferisse os direitos civis, os grupos estariam presentes. “Numa democracia, é possível viver com a divergência, mas não vamos deixar o fascismo crescer. Aqui, a covardia e o desrespeito não se criam”, disse a manifestante, acusando o grupo  contrário de covardia contra alguns manifestantes. Por volta das 10h, os grupos se dispersaram, prometendo novas manifestações. 

Paulista

Em São Paulo (capital), a polícia militar precisou usar gás de efeito moral e spray de pimenta para dispersar uma briga entre os apoiadores do presidente (que se vestiram de verde e amarelo) e os manifestantes pró democracia (que estavam de preto ou com uniformes de torcidas como Corinthians e Palmeiras ).

O confronto ocorreu na Avenida Paulista, por volta das 13h30, e mesmo com a polícia separando os grupos com cordão de isolamento, as provocações foram inevitáveis, fato que ocasionou a briga.