Guardas municipais vão a júri popular por morte de homem em casa de show

Ricardo e Naílton são acusados de matar com cinco tiros Marcelo Tosta, durante briga no Coliseu do Forró

  • Foto do(a) author(a) Gil Santos
  • Gil Santos

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 16:55

- Atualizado há um ano

Os guardas municipais Ricardo Luiz Silva da Fonseca, 36 anos, e Naílton Adorno do Espírito Santo, 30, acusados de matar o representante comercial Marcelo Tosta Santos, 36, durante uma festa na casa de shows Coliseu do Forró, em dezembro do ano passado, serão levados a júri popular. A decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi divulgada nesta segunda-feira (25). Ricardo vai permanecer em prisão preventiva (Foto: reprodução) A juíza de direito Gelzi Maria Almeida Sousa considerou que o crime foi cometido por motivo fútil, que causou perigo comum, e que impossibilitou a vítima de defesa. A magistrada também manteve as decisões anteriores sobre Ricardo e Naílton. O primeiro está em prisão preventiva e o segundo respondendo ao processo em liberdade.

"Mantenho a prisão preventiva do pronunciado Ricardo Luís Silva da Fonseca, nos termos do artigo 312 e ss. do CPP, tendo como fundamento a necessidade de garantia da ordem pública. Com relação ao acusado Naílton Adorno do Espírito Santo, o mesmo responde o processo em liberdade e assim deve permanecer, face a ausência de motivos, no momento, que justifiquem sua prisão cautelar", afirmou a juíza na decisão. Naílton e a vítima, Marcelo Tosta (Foto: reprodução) O crime aconteceu no dia 3 de dezembro de 2016, no Coliseu do Forró, em Patamares. Era madrugada de um sábado, e os três homens assistiam a um show da banda As Vingadora quando se envolveram em uma briga. Houve troca de socos até que os tiros foram disparados. Marcelo foi atingido cinco vezes e socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, foi Ricardo quem fez os disparos. Ele fugiu após o crime e se entregou cerca de dois meses depois. Naílton também ficou ferido durante a briga e foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ficou custodiado até receber alta médica. Os dois guardas municipais não estavam trabalhando no momento da confusão.

Segundo os amigos da vítima, Marcelo cresceu no bairro de Itapuã. Ele tinha dois filhos, um adolescente e uma criança, e estava solteiro quando foi assassinado. O caso teve repercussão e provocou comoção na época.