Há 27 anos, queda de ovni em Feira teria mobilizado até o Exército; relembre

Bahia registra alguns dos casos mais emblemáticos da ufologia brasileira, com relatos na região de Feira de Santana, Chapada e Salvador. Conheça as histórias

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  • Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2022 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Alberto Romero/Acervo Francisco Reis

É mais suave assistir a Retrospectiva 2021, Especial de Roberto Carlos ou um filme de terror? Este ano teve covid-19, chuva, terremoto, desastres naturais, violência, um pacote completo para apocalipse nenhum botar defeito. Fala a verdade: se chegasse um disco voador querendo te levar, você iria ou esperaria um 2022 melhor? 

A cada dia que passa, as aparições de ovnis e ETs deixam de ser um medo e se tornam uma esperança de escapar dessa confusão toda. E não é um sonho distante.  Em setembro, a Nasa advertiu, ao estudar o solo de Marte, que deveríamos nos preparar para a descoberta do século: existe vida fora da nossa órbita. Contudo, aqui na Bahia não há nenhuma novidade nisso. 

Se a Nasa realmente levar a sério que o brasileiro deveria ser estudado, eles deveriam começar pela Bahia. Há 25 anos, o país parava para acompanhar o aparecimento do ET de Varginha (MG), o caso mais famoso da ufologia no país. Talvez o mais conhecido, mas não foi o primeiro. 

Varginha do sertão Todo mundo sabe que tudo pode acontecer em Feira de Santana, mas poucos conhecem o caso de uma queda de ovni na Princesinha do Sertão, em 1995, um ano antes da cidade mineira. Teve de tudo: ETs supostamente capturados, Forças Armadas, helicópteros, ameaças e muito mistério.  

O caso da espaçonave caída em Feira é um dos episódios que mais intrigam a ufologia brasileira até hoje, apesar de pouco conhecido entre os leigos. No dia 15 de janeiro de 1995, doze meses antes do Caso Varginha, o fazendeiro Beto Lima ligou para alguns veículos de imprensa de Feira, alegando ter visto uma nave caída no açude de sua propriedade, enquanto caçava tatu. Dentro da espaçonave teriam dois seres de outro planeta, um morto e outro agonizando.   Em 1995, um ano antes do caso de Varginha, um disco voador com duas criaturas teriam caído na zona rural de Feira de Santana (Foto: Alberto Romero/Acervo Francisco Reis) Argentino radicado na Bahia, o ufólogo Alberto Romero também foi procurado pelo proprietário. Lima disse que, ao se aproximar da nave, uma escotilha se abriu e apareceram “dois bichos”. Um com a aparência que já conhecemos de ETs, semelhante ao de Varginha, mas outro era peludo, como um bicho-preguiça. Alberto então disse que sairia de Salvador e iria imediatamente à fazenda. Foi aí que começou o mistério. Meia hora depois, o telefone toca novamente, desta vez a esposa de seu Beto, dizendo para esquecer o ocorrido, pois o marido estava bêbado e não era mais para falar sobre o assunto. 

Logo após o telefonema da esposa, testemunhas relataram a presença do Exército no local, além de helicópteros sobrevoando o lugar, como registrou Romero em um dos seus livros, Verdades que Incomodam. O 35º Batalhão de Infantaria do Exército, em Feira, teria isolado a área, ameaçado testemunhas e recolhido todas as evidências, incluindo os seres do outro planeta, levados para o Porto de Aratu, em Salvador. Nunca mais a família quis falar e o ufólogo Romero morreu em 2018 sem elucidar o caso. 

“Parecia enredo de ficção científica, mas tudo isso realmente aconteceu. Segundo informações, toda a ação serviu de modelo [das autoridades] para os casos que se seguiram, incluindo o de Varginha. Além da família que viu tudo, várias outras testemunhas e pesquisadores foram ameaçados [incluindo Romero], perseguidos e tiveram seus telefones grampeados", disse o ufólogo baiano Ivan Medeiros, que continua investigando o fenômeno.  O ufólogo Ivan Medeiros possui seu próprio centro de monitoramento no fundo de casa. 99% dos casos não são ovnis (Foto: Marina Silva/CORREIO) “O curioso é que tanto a nave quanto as E.B.E.s (Entidades Biológicas Extraterrestres, os ETs) foram descritas pelas testemunhas, que não tinham o menor conhecimento ufológico, exatamente iguais a casos antigos ocorridos fora do Brasil e, tempos depois, em Varginha”, afirma Ivan, que ainda busca informações do Exército sobre o caso, mas recebe a mesma resposta: “não sabemos de nada”. Roswell do Jacuípe O caso não terminou em Feira. Coincidentemente, no mesmo período do episódio feirense, ainda em 1995, um vaqueiro da Fazenda Volta do Rio, em Riachão do Jacuípe, se queixava ao proprietário Virgílio Pereira de constantes aparições de luzes douradas no local. 

“Ele chamava de ouro encantado e dizia que a mulher queria se mudar por causa das luzes. Meu funcionário nem sabia o que era um disco voador. Meus filhos ficaram com medo e acabei pedindo ao vaqueiro para não contar mais estas histórias mentirosas. Ninguém queria dormir mais lá. Sinceramente, não acreditava, até o dia que eu mesmo vi”, lembra Pereira, hoje com 64 anos. Em 1996, ele chamou dois casais para passarem uns dias na fazenda, que na época não tinha luz elétrica. “Me arrepio até hoje sobre o assunto e nem gosto muito de comentar. A região não tinha luz elétrica. Estávamos jogando buraco e as crianças brincavam, quando vimos um clarão passando pela casa. Não era avião, mas o tal círculo que o vaqueiro tanto dizia. Parou no ar e depois foi na direção sul da fazenda, onde tem a serra”, relata ele.  “Conseguimos ver vultos descendo, como se estivessem buscando algo no lugar. Foi assustador, nos trancamos em casa e só abrimos no outro dia”, completa Pereira, que viu sua fazenda virar ponto de peregrinação de curiosos.

“Eram constantes as aparições. Vinham ufólogos e imprensa de todos os lugares. Eles continuaram aparecendo alguns anos depois, até sumirem de vez. Acho que eles encontraram o que queriam”, completa Virgílio, que disse ter perdido dois vaqueiros na fazenda, que ficaram com medo e pediram demissão. Em Riachão do Jacuípe, funcionários da fazenda falavam para o proprietário sobre pontos dourados sobrevoando o lugar. O patrão só acreditou depois que viu também (Foto: Alberto Romero/Acervo Francisco Reis) De fato, 1995 e 1996 foram anos marcantes. Há 25 anos, na madrugada do dia 14 de outubro de 1996, pelo menos oito municípios baianos tiveram relatos de avistamentos de objetos voadores não identificados: Salvador, Lauro de Freitas, Itaparica, Entre Rios, Itaetê, Morro do Chapéu, Araçás e Alagoinhas relataram aparecimentos de ovnis.

Área 71 Em Salvador, o radialista Emídio Pinto lembra bem do dia em que avistou. “Nunca acreditei nessas coisas de discos voadores. Até o dia que estava no Rio Vermelho e vi uma espaçonave vindo da Barra sentido Aeroporto. Achei que era um avião, mas, de repente, ele parou no ar. Tinha muita luz no entorno dele. Cerca de 30 segundos depois, disparou e sumiu. No outro dia soube que outras pessoas tinham visto em diversos pontos do estado também”, lembra Emídio, que mudou sua opinião sobre o tema. “Tudo que é desconhecido assusta, né? Não somos evoluídos o suficiente para entendermos isto tudo fora de nossa visão. Seria preciso reescrever muita coisa que conhecemos e acreditamos. Na própria Bíblia diz que na casa do senhor existem diversas moradas. Não diz onde são, né?”, lembra o radialista. Se engana quem acha que o Brasil nunca levou a sério o assunto. Inclusive já tivemos até uma divisão especial que estudava o tema nas Forças Armadas. Uma espécie de Arquivo X brasileiro. 

Entre 1969 e 1972 (dizem que foi desativado), a Aeronáutica criou o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), que estudava aparecimentos de ovnis. O setor era secreto, ninguém sabia de sua existência. Em 2018, a Força Aérea abriu parte de seus documentos secretos e revelou que existia essa divisão. Foram disponibilizados 743 registros de aparições, entre 1952 e 2016, incluindo alguns casos baianos. São mais de 20 mil páginas. Os documentos estão disponíveis no site do Arquivo Nacional (Código: BR DFANBSB ARX). Perguntamos sobre os motivos que levaram ao fim da unidade, mas a Força Aérea não respondeu até o fechamento dessa edição.

Chapada, point de ET Principal nome da ufologia brasileira, Ademar Gevaerd afirma que a Bahia tem uma importância fundamental na história dos ovnis no Brasil. Ele inclusive revela que a Chapada Diamantina é considerada uma hotspot, termo para definir um local de constantes aparições. “A Bahia é uma referência na ufologia desde sempre. O caso de Feira é tão importante quanto o de Varginha. Feira só não foi tão pesquisado porque aconteceu numa área remota, enquanto Varginha foi em área urbana”, explica Ademar. “É na Bahia que temos a Chapada Diamantina, considerada uma referência no avistamento em todo o mundo”, completa Gevaerd, fundador da Revista Ufo, fundada há 36 anos e até hoje o único especialista no assunto. 

Segundo ele, que também é presidente do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), diversos amigos resolveram se mudar para a Chapada com a esperança de terem alguma experiência ufológica. Em Mucugê, por exemplo, existem locais que prometem turismo para avistamento de objetos voadores. O repórter José Raimundo cobriu praticamente todos os grandes eventos ufológicos na Chapada, alguns até temas do Fantástico nos anos 80 e 90. Até hoje ele se impressiona com o assunto.

“Uma das coisas que mais me deixou impressionado nestas andanças ufológicas foi um fenômeno próximo de Mucugê. No final dos anos 90, uma luz estranha surgia toda noite na Serra do Capa Bode. Fomos lá com a câmera e com uma equipe de ufólogos. Vimos, de fato, o objeto de luz pairando no ar, mudando de cor e numa região que não tinha nenhuma luz elétrica, tampouco cidade no perímetro.  Ele ficava um tempo ali e depois sumia, aparecendo mais tarde novamente. Já na ilha de edição, aproximamos a imagem e parecia algo que girava em altíssima velocidade. Me deixou encabulado. São muitos casos interessantes. Tem um cara muito bom de conversar sobre isso. O nome dele é Alonso”, lembra.  O ufólogo pernambucano Alonso Régis mora há 38 anos em Morro do Chapéu, e já registrou dezenas de atividades extraterrestres na região (Foto: Lucas Leawry) José Raimundo citou Alonso Valdi Régis, pernambucano de 82 anos que mora há 40 em Morro do Chapéu e também é ufólogo. Régis construiu um disco voador de 40 toneladas no quintal de sua casa, ainda na década de 90, que retrata o ovni que ele viu em Recife, aos 12 anos. Para homenagear Régis, a prefeitura está revitalizando a nave, que se tornará ponto turístico no centro de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina. Para Alonso, porém, a homenagem não será para ele, mas para os seres de outros planetas.

“Seria um grande desperdício imaginar que só existe vida na Terra, né? Nós, seres humanos, estamos em decadência evolutiva, ecológica e moral. A Terra é um fractal de um universo complexo, onde existem planetas sem vida, com vidas ainda microscópicas, mas outros muito mais evoluídos que a Terra e que conseguem, de certa forma, tentar este contato conosco. Contudo, ainda não temos uma evolução cósmica suficiente para esta relação. E eles sabem disso”, disse Alonso, que avisa: “os extraterrestres também possuem personalidades. Alguns bons, outros ruins. Mas não como é tratado nos filmes americanos, que querem destruir a Terra. Isso só prejudica e diminui a importância da ufologia”.  Disco voador será atração principal da Praça do Cristal, em Morro do Chapéu, que será inaugurada em março deste ano (Foto Lucas Leawry) Unikósmica  Como se não bastasse as aparições, a Bahia também foi o primeiro estado a ter uma universidade que trata sobre o assunto: a Unikósmica, mantida pelo Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS). Este centro foi fundado pelo conquistense Paulo Fernandes, em 1973. Este baiano teve uma experiência marcante nas dunas de Stella Maris, em Salvador. Segundo relatos de Paulo, ele se encontrou com Ashtar Sheran, “um ser extraterrestre com elevada evolução espiritual”, como consta nos relatos. O curioso é que, alguns anos depois do encontro, este mesmo Sheran teria aparecido para outras pessoas pelo mundo.  

“Focamos na humanidade, na natureza e no cosmos. Nós ampliamos o pensamento ufológico, aprofundando uma consciência de cidadania cósmica e espiritual. Ufólogos trabalham muito as questões de aparições, nós queremos saber também quem está dentro destes ovnis e o que querem dizer para nós, buscando o lado científico, filosófico e espiritualista”, disse Ana Santos, presidente do CEEAS. Paulo Fernandes, que faleceu em 1981, deixou um livro sobre sua experiência ufológica com Sherman, chamado Mensagens Cósmicas. Seu contato lembra muito experiências mediúnicas no espiritismo, apesar de Sherman ter chegado num disco voador. 

Apesar de ser um campo rico na área ufológica aqui na Bahia, a velha guarda teme pelo fim dos estudos no estado. O ufólogo Ivan Medeiros tenta manter viva esta prática em Lauro de Freitas. E não ganha nada por isso. 

Ivan tem no quartinho do fundo de sua casa um verdadeiro aparato de equipamentos que monitoram objetos voadores não identificados. “É um campo muito bom, mas que precisa de dedicação. Hoje o que mais temos são ufólogos de internet, que pegam vídeos prontos, não confrontam se é verdadeiro e publicam nas redes, muitas vezes distribuindo fakes news. A maior parte dos avistamentos registrados hoje em dia tem explicações lógicas. Apenas 1% se encaixa no perfil ufológico”, assegura Ivan. 

Os ufólogos são como investigadores autônomos, que não têm parceria com nenhum órgão oficial, tampouco monitoramentos, salvo em casos como o de Ivan, que tirou do próprio bolso o dinheiro para seus equipamentos. A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), que monitora 24 horas objetos que caem do céu, não possui vínculo com ufólogos, apesar do respeito pela ufologia. 

“Algo importante nesse sentido é que a imensa maioria dos astrônomos acredita que exista vida fora da Terra. Muitos acreditam, inclusive, que a vida permeia todo o Universo. Entretanto, a vida complexa e inteligente parece ser algo muito mais raro”, disse  Marcelo Zurita, astrônomo e diretor técnico da Bramon. “A gente não tem nenhum caso registrado de algo que não conseguimos identificar e, geralmente, quando nos trazem vídeos de terceiros, se tem as informações (data, horário, local), conseguimos identificar também”, completa Zurita. 

Tudo bem se você não acredita em vida fora da Terra. Porém, pense conosco. Mesmo existindo mais de dois trilhões de galáxias detectadas pelo telescópio Hubble, além de cerca de 2.300 planetas fora do sistema solar descobertos pelo telescópio Kepler, você acha mesmo que só existe vida na Terra e o Iphone 13 é a maior tecnologia já inventada em todo universo? 

UFOLOGIA NA BAHIA E NO MUNDO

A Nasa abre (quase) tudo Sem dúvida 2021 foi um ano de (quase) abertura sobre o tema ufologia nos Estados Unidos. Em julho, o pentágono divulgou um relatório sobre 144 objetos voadores não identificados sobrevoando o país, incluindo casos de pilotos militares  que foram seguidos. Destes relatos, apenas um foi identificado (Era um balão). mesmo afirmando que um ovni não significa necessariamente ser um alienígena, o Pentágono também não descartou a possibilidade.

Piatã e Boca do Rio Entre as décadas de 50 e 60, Salvador relatava casos frequentes de aparições de ovnis, principalmente no litoral, com direito a avisos e perda da voz. No dia 24 de abril de 1959, quando o bairro de Piatã ainda era lugar de veraneio, Hélio Vieira de Aguiar avistou um ovni. Ele conseguiu fazer algumas fotos, quando recebeu um clarão e desmaiou. Quando acordou, o ovni tinha sumido. Em sua mão, uma mensagem escrita por ele mesmo que alertava sobre os perigos da bomba atômica. Segundo Hélio, suas fotografias foram roubadas e ele recebeu um telefonema dos EUA perguntando sobre o caso. Sua história chegou a ser publicada na revista O Cruzeiro. 

Dez anos depois, na Boca do Rio, lavadeiras estavam trabalhando nas primeiras horas da manhã quando avistaram um grande disco prateado no céu. Ele chegou a sobrevoar o local e pairava no ar. Foi um pânico, todos correram e uma das lavadeiras chegou a perder a voz por dias, como relata o ufólogo Emanuel Paranhos, que investigou o acontecimento. Veja a ilustração do caso abaixo. Em 1969, lavadeiras avistaram um disco voador. Uma delas chegou a perder a voz por dias (Foto: Alberto Romero/Acervo Francisco Reis) Alienígenas do passado na Chapada Feitas há 18 mil anos, pinturas rupestres da Lapa do Sol, em Iraquara, são consideradas por ufólogos como possíveis evidências de visitas pré-históricas de ovnis na região da Chapada Diamantina. Os desenhos, de fato, lembram discos voadores, apesar de não ser possível provar a hipótese. Oficialmente, o desenho é considerado um sol feito pelos antigos povos da região, justamente o que dá nome à gruta. Divisão de ufologia na ONU Em 1977, a Onu recebeu uma sugestão para criação de uma agência que coordenasse estudos mundiais sobre o fenômeno ovni. O projeto foi aprovado e teve até a formação de um grupo com astrofísicos, engenheiros e astronautas. Parecia que finalmente a ufologia teria uma divisão na organização das nações unidas, mas os estados unidos fizeram um estardalhaço e disseram que não dariam 1 real, ou melhor, 1 dólar para a divisão, que acabou engavetada. Romero e Paranhos - Junto com Alberto Romero, que faleceu em 2019, o ufólogo Emanuel Paranhos é uma lenda nos estudos ufológicos na Bahia. Contudo, com falta de apoio e reconhecimento, desistiu. Desativou o centro de estudos ufológicos UFO Bahia e não sabe o que fazer com tantos documentos guardados. Sempre solícito, nos ajudou nos casos contados. Todo o acervo das ilustrações de Romero estão sob os cuidados de outro ufólogo, o advogado Francisco Reis, que nos cedeu gentilmente para a capa e reportagem.