Homem é espancado até a morte no Quilombo Rio dos Macacos

Vítima foi encontrada caída à beira do caminho de casa

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  • Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2021 às 10:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Um homem identificado como Pedro Henrique foi espancado até a morte dentro do Quilombo Rio dos Macacos, nesta quarta-feira (26). Ele estava voltando para casa quando foi atacado. O corpo foi encontrado por moradores que passavam pela região.

Os amigos contaram que o homem tem cerca de 30 anos e morava sozinho. Ele tinha passado o dia na comunidade, conversando com alguns moradores e, por volta das 17h, retornou para casa. Pedro Henrique foi encontrado na beira do caminho, com sinais de espancamento. Um quilombola, que pediu para não ser identificado, reclamou da demora no atendimento.

“Começamos a ligar para a Polícia Militar e para o Samu por volta de meia-noite, mas a viatura e a ambulância só chegaram hoje pela manhã. Eles não disseram o motivo para terem demorado tanto. Espero que tenha investigação, e que eles simplesmente não deem o caso por encerrado”, disse.

Os moradores contaram que três viaturas da Polícia Militar estiveram na Vila Naval da Marinha, que corta o Quilombo Rio dos Macacos, no início da manhã, e que alguns militares desceram até a comunidade para verificar a situação. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve no local, mas Pedro Henrique já estava sem vida.

O corpo dele foi recolhido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) e será encaminhado para o Instituto Médico Legal. Os quilombolas ainda não sabem o que aconteceu, e não têm suspeita de autoria ou motivação do crime. Pedro Henrique não era casado e não tinha filhos.

Questionada sobre a denúncia de demora no atendimento, a Polícia Militar respondeu, em nota, que equipes da 19ª Companhia Independente da PM (CIPM/ Paripe) estiveram no local depois de receber a informações de que havia um homem ferido, mas que a baixa visibilidade dificultou o trabalho.

“No local, a guarnição adentrou até onde tinha acesso com a viatura, posteriormente por conta da falta de visibilidade e dificuldade de deslocamento não conseguiram chegar até o local onde o solicitante indicava que o corpo estava. Com o dia claro, guarnições da unidade realizaram a busca, com a colaboração de pessoas da comunidade e após aproximadamente 30 minutos de caminhada o corpo foi localizado, o Samu atestou o óbito”, diz a nota.

Coordenador do Samu, Ivan Paiva afirmou que o serviço não enviou unidades por receber a informação de que a vítima já estava sem respirar. Além disso, a pessoa que fez o chamado durante a madrugada não estava no local, apenas sabia que havia uma pessoa com sinais de espancamento, com o corpo gelado e sem respirar e isso foi caracterizado pela equipe como óbito.

De acordo com Paiva, o Samu encaminhou a solicitação ao Centro Integrado de Comunicação (Cicon), que é o órgão da polícia, para que a ocorrência fosse averiguada. O Samu pede para que a pessoa esteja no local da ocorrência por conta da quantidade de trotes recebidos pelo serviço.