Homem mata a mulher a facadas e confessa à família pelo WhatsApp

Crime foi em Minas; marido diz que agiu "por impulso"

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  • Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2020 às 10:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A cantora Franciene Costa Simione Dourado de Oliveira, 36 anos, foi morta a facadas na última terça (27) em Uberaba (MG). O marido da vítima é apontado como suspeito e confessou o crime, segundo os familiares de Franciane. Ele fugiu e só se apresentou à polícia dois dias depois, mas está livre.

"Dar quatro facadas na pessoa que você diz que ama e fugir não tem explicação. Não tem como aceitar que depois disso tudo ele ainda está em liberdade. A gente só pede justiça", disse ao Uol a analista contábil Dayane Simione, 25, irmã da vítima.

A cantora levou quatro facadas no tórax. Dois dias após o crime, Dayane trocou mensagens no WhatsApp com o cunhado, que assumiu o crime e pediu perdão.

Ela questiona porque ele cometeu o crime e diz que ele destruiu uma família, lembrando que Franciene era mãe do filho dele. O cunhado, que não teve nome divulgado, afirma que não teve intenção de matar e pede desculpas.

"Me perdoem, nunca foi minha intenção, morri junto com ela. Foi impulso do momento, nunca quis fazer isso. Eu a amava, destruí a vida dela, a de vocês e a minha. Estou sem chão, não sei o que fazer, me perdoe. Eu não fugi, só não sei como encarar a situação, me perdoe, pelo amor de Deus, me perdoe", diz ele na mensagem.

O casal estava junto há 13 anos e tinha um filho de 7. A criança ouviu o crime de casa - estava no quarto quando os pais começaram a discutir e Franciene foi morta. O suspeito levou o filho para a casa de um parente após o crime e depois ligou para um advogado dizendo que Franciene caiu e bateu a cabeça durante uma briga. O defensor chamou o socorro, mas no local Franciene já foi encontrada morta a facadas. Dois dias depois, o marido se apresentou à polícia. Sem flagrante, não ficou preso e responde em liberdade.

Segundo a família, o casal tinha relacionamento tumultuado e Franciene já havia sido agredida pelo marido. Ela se mudou para Uberaba para buscar se afastar do companheiro, diz a irmã. "Há um ano e meio ela se mudou para Minas Gerais, mas ele foi atrás dela e ela acabou reatando a relação. Ela sempre me ligava dizendo que ele estava agressivo e eu pedia para ela voltar para casa. Mas a mulher nunca acredita que o homem é capaz de matá-la", lamenta.