Honda Civic mais vendido é bem equipado e tem desempenho justo

Versão EXL disputa diretamente com o Corolla mais vendido, o XEI

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 22 de dezembro de 2019 às 14:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho

O mercado de sedãs perdeu espaço com o avanço dos utilitários esportivos, mas alguns carros continuam fazendo sucesso nesse segmento. Em 2012, as vendas de sedãs correspondiama10% do mercado, atualmente, representam somente 5%. No entanto, a porcentagem de emplacamentos dos três mais vendidos (Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze) continua igual. Somados, eles eram 4% do mercado em 2012 e continuam com esse percentual neste ano.

Esses três carros estão em boa forma graças às atualizações contínuas. O Corolla ganhou uma nova geração em setembro e incorporou uma inédita motorização híbrida bicombustível. O Cruze teve uma pequena atualização de estilo e conta agora coma opção de wifi a bordo - que abre possibilidades para diversos comandos remotos. Já o Civic teve a estética levemente ajustada e ganhou equipamentos na linha 2020. O interior é sóbrio e bem equipado. Os bancos de couro e os seis airbags são itens de série (Fotos: Honda) Uma das versões mais vendidas mais competitivas do Civic é a que avaliamos nos últimos dias, a EXL. Essa configuração é a mais completa entre as de motor aspirado e disputa diretamente com o Corolla mais vendido, o XEI. Essa opção do sedã médio da Honda é equipada com um propulsor 2 litros de aspiração natural (não tem turbo) que entrega 150 cv de potência com gasolina e155 cv com etanol, sempre a 6.300 rpm. O torque máximo, obtido a 4.800 giros, é de 19,3 kgfm com gasolina e 19,5 kgfm com etanol.

O motor é associado a uma transmissão automática do tipo CVT, mas que pode ser operada em modo manual por alavancas instaladas atrás do volante, nesse caso, irá simular sete marchas. É um conjunto mecânico interessante para quem gosta de um sedã com toca da tradicional. No dia a dia é suave, com trocas imperceptíveis e feitas em uma faixa de giros que não deixa o som do motor invadir a cabine. A coisa só muda quando o motorista precisa afundar o pé subitamente. O giro sobe muito e o motorista fica com a impressão de embreagem patinando, apesar de nada errado acontecer. É algo normal em câmbios CVT. Nesses casos, é melhor optar por trocas manuais. O sedã médio tem desenho arrojado e seu porta-malas tem capacidade para 519 litros (Foto: Arisson Marinho) A suspensão é bem adequada, com bom balanço entre conforto e esportividade. As rodas de aro 17 utilizam pneus com medidas 215/50, o que ajuda a deixar o carro mais macio e evitar cortes por contar com 10,7 centímetros de altura. O consumo urbano, com gasolina, foi de 9,8 km/l em trânsito urbano e 13 km/l em rodovias.

BEM EQUIPADO O visual externo do Civic é um dos mais esportivos entre os concorrentes e a Honda reforçou isso com a introdução de rodas escurecidas na linha 2020. Por dentro, o acabamento escuro deixa o modelo mais sóbrio. Em relação aos equipamentos, a versão EXL surpreende, tem mais itens que o Corolla e o Cruze, por exemplo. Entre eles estão o ar-condicionado de duas zonas e saídas traseiras, freio de estacionamento elétrico e o sensor de estacionamento dianteiro.

A lista de equipamentos conta ainda com partida por botão, air bags frontais, laterais e do tipo cortina. A direção conta com assistência elétrica e o volante é multifuncional. O que poderia melhorar é a central multimídia: ela é compatível com Android Auto e Apple Car Play, mas não possui o botão de volume giratório – o que é mandatório em veículos deste porte. A central multimídia é completa, mas falta um botão rotativo MERCADO No mercado nacional, o Toyota Corolla é o líder entre os sedãs médios. Em novembro, foram 4.560 unidades emplacadas contra 2.283 do Civic, 1.604 do Cruze e 565 do Jetta. Na Bahia, o Toyota teve 223 unidades licenciadas no último mês, o que também o levou à liderança. No entanto, os rivais venderam bem menos que a média nacional: Civic (60), Cruze (24) e Jetta (12).

O Cruze EXL custa R$ 112.600 e o único opcional é a pintura metálica, perolizada ou especial, que custa entre R$ 1.350 e R$ 1.500. A versão mais barata é a LX, que custa R$ 97.900 e a mais cara a Touring, a única com motor turbo, que custa R$ 134.900. A garantia total é de três anos e as revisões devem ser feitas com intervalos de 12 meses ou 10 mil quilômetros. O preço médio de cada uma das seis primeiras manutenções programadas é R$ 727. O volante agrega vários comandos e o centro do painel é digital Há duas saídas de ar para quem viaja no banco traseiro