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Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2019 às 05:30
- Atualizado há 2 anos
A diversidade no Polo de Camaçari não é somente na variedade de segmentos industriais. As empresas têm investido também em ações de inclusão e valorização do quadro funcional, com colaboradores de diferentes etnias, sexo e credo. Este posicionamento acompanha a exigência de consumidores cada vez mais atentos às questões sociais das marcas. >
Para o coordenador de ações do Selo da Diversidade Étnico-Racial da Prefeitura do Salvador, Leomar Borges, pensar em diversidade gera mais lucros para as empresas: “Companhias que têm colaboradores e colaboradoras que se sintam respeitados pelas suas crenças, orientações, idades e limitações físicas tornam-se mais produtivos, favorecendo a competitividade da empresa e a qualificação da sua imagem”.>
Um estudo da consultoria McKinsey & Company revela que companhias com equipes executivas com maior diversidade têm 35% mais chance de obter rendimentos financeiros do que aquelas com somente líderes homens, brancos, heterossexuais na faixa de 50 anos.>
Igualdade de gênero>
A Bayer, multinacional, é uma das empresas do complexo com destaque na promoção da diversidade, especialmente no tocante à igualdade de gênero. Atualmente, na unidade baiana, o grupo conta com 30% de mulheres em cargos executivos e operacionais. Paula Castro, líder da manufatura da unidade Camaçari, é um exemplo. Com 37 anos, ela se sente empoderada pela companhia. “O investimento em políticas e ações é por acreditar que o universo coorporativo precisa da diversidade. São indivíduos diferentes e que trabalham juntos para trazer melhores resultados”, declara. >
Outra que também atua com a promoção da igualdade de gênero é a Braskem. A meta da companhia é a de ter 30% de mulheres em cargos de liderança até 2020. Um posicionamento que incentiva um ambiente de trabalho livre de preconceito e discriminação também é adotado pela americana Dow, que oferece benefícios como plano de saúde para casais homoafetivos, fornece tratamento hormonal para transgêneros e abre oportunidade para pessoas trans.>
“Na Dow, não tratamos esse tema por exigência política ou afins. Quando demos início a esse debate, ainda nem se falava sobre inclusão, diversidade ou igualdade. Estou falando de 25 anos atrás. O tema faz parte do negócio”, diz Patrícia Lima, líder em Inclusão&Diversidade para a América Latina da Dow. A empresa também trata da inclusão étnico-racial, com orientação para impulsionar o desenvolvimento da carreira de profissionais negros. >