Inflação da Região Metropolitana de Salvador fica em 1,22% em outubro, maior para o mês em 16 anos

Nove grupos de produtos do IPCA tiveram alta; confira quais

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  • Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2021 às 15:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 1,22% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O índice teve a segunda aceleração seguida, aumentando mais do que no mês anterior - 0,70% em agosto e 1,11% em setembro. Foi a maior inflação para um outubro em 16 anos, quando havia ficado em 1,26%, em 2005.

Também foi o IPCA mais alto desde dezembro de 2019 (1,26%). 

Ainda assim, a inflação da RMS seguiu um pouco abaixo da registrada no país como um todo, onde o IPCA foi a 1,25%, em outubro - o maior para o mês desde 2002. O índice foi o 7o entre as 16 áreas investigadas separadamente pelo IBGE.

Alta no acumulado desde janeiro

Com o resultado do mês, o IPCA na RM Salvador já tem alta de 8,11% no acumulado de janeiro a outubro de 2021. Fica pouco abaixo do índice nacional (8,24%), mas se mantém como o maior acumulado para um ano desde 2015, quando havia fechado dezembro com uma alta de 9,86%.

Nos 12 meses encerrados em outubro, a inflação na RM Salvador também seguiu acelerando e ficou em 10,38%. Nesse acumulado, ultrapassou a barreira dos dois dígitos pela primeira vez em pouco mais de 5 anos e meio. A última vez que isso havia ocorrido tinha sido em fevereiro de 2016, quando o acumulado em 12 meses estava em 10,47%.

Enquanto isso, no Brasil, o IPCA acumula alta de 10,67% nos 12 meses encerrados em outubro, com 12 das 16 áreas investigadas também apresentando inflação igual ou maior que 10,00%.

Nove grupos de produtos apresentaram alta

Pelo segundo mês consecutivo, todos os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA apresentaram altas, na Região Metropolitana de Salvador. Antes de setembro de 2021, isso não acontecia, para um mês fechado, em pouco mais de três anos, desde maio de 2018.

Com o maior aumento no mês, o grupo transportes (2,53%) também liderou as pressões inflacionárias, puxado pelas passagens aéreas (43,38%), que tiveram a maior alta dos pesquisados pelo IBGE.

Em seguida, combustíveis (2,27%), e a gasolina (2,08%) deu a segunda maior contribuição individual para a alta do custo de vida na RM Salvador, em outubro. No ano de 2021, a gasolina já sobe 36,57% na RMS; em 12 meses, a alta acumulada é de 52,15%.

Os alimentos tiveram o segundo maior aumento médio neste ano (1,03%), abaixo apenas do registrado em janeiro (1,08%), e foram a segunda principal pressão inflacionária em outubro, na RM Salvador. As contribuições mais importantes no grupo vieram do tomate (21,91%), segunda maior alta dentre os itens considerados no IPCA), das refeições fora de casa (1,04%) e do frango em pedaços (5,04%).

Por outro lado, 4 dos 5 produtos que mais contribuíram para segurar o aumento do IPCA da RMS em outubro foram alimentos, liderados pelo lanche fora de casa (-3,91%), o pão francês (-1,49%) e a cebola (-9,64%).

Com o segundo maior aumento mensal entre os grupos, vestuário (2,31%) exerceu a terceira principal pressão de alta sobre o IPCA, na RMS. Foi puxado pelas roupas em geral (2,49%), sobretudo as femininas (3,26%).

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INPC

Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), também acelerou para 1,20% em outubro. Foi o 7º maior índice entre as 16 áreas pesquisadas e acima do resultado do país como um todo (1,16%).

No ano de 2021, o INPC acumula alta de 8,37% na RM Salvador e chega a 10,67% nos 12 meses encerrados em outubro. No Brasil como um todo, os acumulados são, respectivamente, 8,45% e 11,08%.