Inhaííííí: Paulilo Paredão completa três anos com oficinas gratuitas e levando diversidade para o Carmo

Festa voltada para o público LGBTQIA+ nasceu e cresceu na favela sempre pautando respeito, criatividade e oportunidade

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  • Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 15:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Gabrielle Guido/Divulgação
. por Foto: Gabrielle Guido

Na voz de Tertuliana Lustosa, vocalista da banda de pagode A Travestis, um nome virou bordão: 'Paulilo Paredão, inhaííí'. Um dos nomes exaltados pela pagodeira em seus primeiros hits é o nome de um dos eventos LGBTQIA+ mais incríveis de Salvador. E que completa três anos no próximo sábado (5), com edição que segue abrindo portas para artistas independentes e celebrando a diversidade na cena underground aqui na capital.

Idealizadora, Paulilo faz o convite para a festa: começa às 15h, na Casa Cultural do Reggae, Santo Antônio Além do Carmo. Os ingressos custam R$10 e R$15, vendidos pelo Sympla. E como aniversário é dia especial, a edição terá uma série de novidades.

Um dos projetos que faz parte dessa comemoração, é o Ciclo de Oficinas gratuitas, voltado exclusivamente para pessoas trans no mercado artístico. As inscrições estão abertas até às 23h59 desta quarta-feira (2), as oficinas acontecem na quinta-feira (3), na Casa Charriot às 15h e 16h. A primeira será a Oficina de Vogue, realizada pela Haus of Tremme e em seguida, a Oficina de DJ Set Iniciante, realizada por Paulilo e Tia Carol. “Nosso intuito é introduzir pessoas trans no mercado artístico. Vamos dar a aula de como usar o equipamento, seguir um repertório, criar identidade musical e de como vender seu trabalho”, explica Paulilo.[[galeria]]

Tia Carol também será uma das atrações musicais da festa, que também conta com Belle, Nininha Problemática e Fresh Prince da Bahia na grade.

Nascido em Pernambués, o evento é reconhecido como 'o primeiro paredão 120% LGBTQIA + da Bahia'. O Paulilo Paredão é um movimento de rua, que fortalece a rua e fomenta o comércio local, artistas da cena underground e corpos dissidentes que sentem neste espaço conforto e representatividade.

“A gente saiu das ruas, onde lotamos uma Praça, para casas e espaços que fomentam a arte local em Salvador. Nesses espaços, podemos controlar a quantidade de pessoas e ajudá-las a seguir alguns protocolos, como apresentar a carteira de vacina, usar máscara e manter distanciamento. Assim a gente tem voltado aos poucos, tendo o cuidado de preservar o público que nos fortalece”, conta a idealizadora do projeto.

A própria banda A Travestis foi lançada no projeto. Pouco tempo depois e Tertuliana chegou a gravar um feat com Pabllo Vittar, que cantou músicas da banda no Carnaval de Salvador.