Instrumentos roubados de cantor após show no Cabula eram anunciados na OLX

Anúncio na web foi feito por motoboy, que está preso por receptação; violões seguem desaparecidos

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  • Bruno Wendel

Publicado em 2 de agosto de 2019 às 14:46

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Polícia Civil

Após três meses do roubo dos instrumentos do cantor Levi Alvim, parte do material do artista foi recuperada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (2). O material estava na casa do motoboy Carlos Rodrigo Oliveira Ribeiro, 35 anos, na Avenida San Martim.  A polícia recuperou instrumentos de percussão e de corda, além de acessórios. O material era vendido no site de compras OLX.  Ainda faltam dois violões. 

Carlos Rodrigo foi autuado em flagrante por crime de receptação. "Nossa investigação não para. Nossa meta agora é chegar aos assaltantes", declarou a delegada Maria Selma, diretora do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP). Os instrumentos foram roubados por dois homens que abordaram o cantor no dia 13 de abril no bairro do Cabula. Levi transportava todo o material dentro de um Celta, que também foi levado pelos bandidos.  Carlos Rodrigo alegou à polícia que não sabia que os instrumentos eram roubados (Foto: Divulgação/Polícia Civil) Segundo a diretora do DCCP, uma informação chegou ao núcleo de investigação do departamento dando conta de que um homem vendia instrumentos musicais roubados em um site de compras. “Então, montamos uma campana para pegá-lo”, declarou Maria Selma. Ele foi preso dentro do estacionamento de um supermercado, na Paralela.

Um policial civil simulou interesse na aquisição dos instrumentos. O flagrante foi dado por agentes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), acionados pelo DCCP. “Quando o encontro foi marcado, ficamos de campana. Na melhor oportunidade, o prendemos em flagrante”, declarou o delegado Nélis Araújo, titular da DRFRV.

Carlos Rodrigo foi apresentado à imprensa por volta das 13h30 no auditório do prédio-sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade. Ele disse que não sabia que o material era roubado, que fora acionado para divulgar a venda no OLX. Perguntado quanto ganharia pelo “favor”, ele respondeu: “só falo em juízo”.