Investimentos em pesquisa mineral ultrapassam os R$ 800 milhões

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Publicado em 5 de agosto de 2022 às 05:00

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A riqueza da diversidade Os mais recentes resultados da mineração baiana são apenas uma mostra do que a atividade pode trazer de retorno para a Bahia. O estado cresceu, na contramão do resultado nacional, divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Aqui no estado, o faturamento cresceu 26%, passando de R$ 4,1 bilhões para R$ 5,2 bilhões. O setor mineral tem um volume de US$ 5,9 bilhões em investimentos previstos até 2025, o que representa 15% do total previsto para o país e só perde para Minas Gerais. O presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, destaca a grande quantidade de estudos geológicos realizados nos últimos 50 anos pela empresa de pesquisa. “O que nos livra das oscilações de um único produto é a diversidade da nossa produção mineral. Enquanto Minas e Pará vivem exclusivamente no minério de ferro, nós temos opções”, aponta. Na última semana, por exemplo, a XCalibur Multiphysics apresentou um novo levantamento aerogeofísico  em 1.178 quilômetros quadrados, que correspondem a mais de seis mil quilômetros lineares de dados aerogeofísicos. Segundo ele, foram investidos R$ 6 milhões no trabalho. Nos anos de 2019, 2020 e 2021, de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), a Bahia investiu em pesquisa mineral, somando os investimentos públicos e privados, mais de R$ 800 milhões, durante as fases de autorização de pesquisa e lavra.

E o trem? Mas o volume, apesar de significativo, ainda é tímido, acredita Antonio Carlos Tramm. “Um exemplo da importância das ferrovias para a mineração é o que está acontecendo no entorno da Fiol, onde estão surgindo diversos pedidos de licença para pesquisas”, diz. Ele defende que a Bahia corra atrás de um amplo plano de investimentos para a recuperação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), administrada pela VLI.

Posição baiana Quem recentemente se pronunciou à respeito do assunto foi o secretário de Infraestrutura Marcus Cavalcanti. Segundo ele, o governo estadual só pretende apoiar o pedido de renovação antecipada da concessão da FCA para a VLI mediante um amplo plano de investimentos para os próximos quatro anos e o pagamento de uma multa pelo que deveria ter sido feito, mas não foi. Problema é que o governo demorou de se posicionar e agora tem uma eleição no meio do caminho, o que pode mudar tudo aqui e em Brasília. 

Impacto positivo Nos últimos quatro anos, a Atlantic Nickel, produtora de concentrado de níquel no município de Itagibá, já reflorestou 96 hectares de Mata Atlântica no Sul da Bahia – a área é equivalente a 100 campos de futebol. A recuperação do bioma original da região é apontada como parte do compromisso com o meio ambiente e a Integração Social da Appian Capital Brazil, fundo de investimentos privados especializado em mineração, dona da Atlantic Nickel.  A empresa possui uma área de preservação ambiental de 542 hectares na região. Para 2022, a meta é recuperar cerca de 60 hectares adicionais de Mata Atlântica. “Essa é a nossa forma de operar, com respeito ao meio ambiente e integrados às comunidades onde atuamos”, explica Silvio Lima, Diretor de Assuntos Corporativos, Pessoas e SSMA, da Appian Capital Brazil. O Grupo Appian Capital Brazil é a plataforma no país da Appian Capital Advisory, com atuação nos setores de mineração e metalurgia.  No Brasil, a Appian se estabeleceu em 2018 com a aquisição de dois ativos, a Atlantic Nickel – operação de níquel sulfetado no sul da Bahia – e a Mineração Vale Verde (MVV), empreendimento de cobre no Agreste Alagoano.

Viveiro Para dar suporte ao programa de reflorestamento, que tem potencial de produção de 100 mil mudas por ano, a empresa implantou no perímetro de operação da Atlantic Nickel um viveiro, que produz espécies locais como Jacarandá da Bahia, Pau Brasil, Ingá de Metro, Aroeira, Ipê, Genipapo e Pinho, sendo plantadas na região e entorno. Essas mudas também são distribuídas para empregados e parceiros em eventos promovidos na comunidade.  No mês de junho, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura de Itagibá recebeu 1.000 mudas para plantio na cidade, engajando a comunidade local. Além disso, cerca de 1.000 mudas também foram distribuídas em Ipiaú, por meio de um Drive Thru solidário que arrecadou alimentos a serem destinados a uma ONG do município.

Moda sustentável A marca de moda masculina Urbô, que possui 30 lojas na Bahia, tem colhido frutos positivos pela aposta em linhas de produtos sustentáveis. Em 2021, a empresa faturou R$ 9 milhões e o plano agora é fechar 2022 com crescimento da ordem de 20% em relação ao ano anterior. As revendas da empresa mineira em terras baianas representam 15% desse faturamento.  “Os baianos abraçaram a proposta da Urbô e, felizmente, só colhemos resultados positivos por aqui”, adianta um dos criadores da Urbô, Matheus Menezes. “O objetivo é estreitar, cada vez mais, o relacionamento com o estado”, diz. “Reduzir o impacto ambiental sempre esteve no centro de nossa atenção. Para que isso se tornasse realidade, fomos atrás de parceiros que, de fato, pudessem nos ofertar matérias-primas de qualidade e consciência ambiental”, destaca.

Maquininhas A SumUp, companhia de tecnologia e serviços financeiros para micro e pequenos empreendedores, acaba de fechar uma parceria estratégica com a empresa de logística Sequoia, para o uso da infraestrutura de um centro de distribuição em Salvador (BA). O Objetivo é atender com mais rapidez os clientes no Nordeste. O espaço comporta até 150 mil maquininhas para a leitura de cartões. A Bahia é o destino de 10% dos envios da empresa no país e a região Nordeste responde por algo entre 40% e 45%, estima Raquel Velloso, diretora de Operações da empresa. Com o reforço na estrutura de distribuição, os prazos de entrega caem de sete para dois dias úteis nas capitais. Para as demais cidades e no interior, o prazo máximo cairá para cinco dias úteis. 

Diagnósticos O parque de medicina diagnóstica de imagem da Diagnoson a+, clínica localizada na Pituba, acaba de receber um aporte de aproximadamente R$ 14,5 milhões em novos equipamentos e obras de infraestrutura para a área de Medicina Nuclear. Com esse pacote de investimentos, a Diagnoson a+, marca que integra o Grupo Fleury, passa a contar com tecnologias ainda mais avançadas em precisão, segurança e agilidade, além de novos softwares com inteligência artificial ultramodernos. Desde a aquisição por parte do Foleury, a Diagnoson a+ dobrou de tamanho. Nos últimos cinco anos, o grupo já investiu um total de R$ 689 milhões no Nordeste, por meio da aquisição de cinco companhias. Esses acordos acrescentaram 50 unidades de atendimento e mais de R$ 260 milhões em receita anual à operação. 

Diretoria eleita O Sindlab Bahia reelegeu o empresário Paulo Studart, com o vice-presidente Jaime Lima, o diretor secretário Nilson Lopes e o diretor tesoureiro Clóvis Filho. No Conselho Fiscal, tomaram posse, mais uma vez, Cesar Cavalcante, Ari Paranhos e Leandro Reis. “O mercado de saúde tem mudado constantemente, trazendo novos desafios. Neste momento precisamos de ânimo, união e confiança”, reforça o presidente reeleito, Paulo Studart”.