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Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2021 às 05:38
- Atualizado há um ano
A pandemia seguramente gerou uma aceleração sem precedentes na digitalização das empresas. Contudo, para dar suporte a todo este crescimento, existe uma necessidade urgente de mão de obra qualificada. Atualmente teremos que repensar os modelos empresariais existentes para que possamos nos adequar a novas necessidades. É sabido que a maioria das empresas não possui um modelo de inovação implantado, com processos desenhados e profissionais treinados para a condução de um ambiente organizacional de inovação. Existem hoje muitas iniciativas isoladas, mas a criação de uma cultura organizacional de inovação exigirá processos, capacitação, gestão, compartilhamento, motivação e pessoas qualificadas.
Diante deste cenário, a necessidade urgente de profissionais de inovação e tecnologia se justifica, visto que o mercado de TIC no Brasil deve crescer 7% em 2021, mesmo sob o impacto da pandemia. A estimativa é da IDC Brasil e faz parte do estudo IDC Predictions, que antecipa as tendências e movimentos de mercado para os 110 países em que a líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações atua. Quando considerado apenas o mercado de TI e inovação, a previsão é de alta de 11% e, para Telecom, um crescimento tímido, de 2%. No mercado corporativo, que contempla software, serviços e hardware, a previsão é de alta de 10%. Segundo um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o déficit de profissionais pode chegar a 260 mil até 2024. O número é uma previsão feita ao se comparar o aumento de empregos no setor com a capacidade de formação de alunos no Brasil.
Ao longo do tempo, a transição de carreira para a área de inovação será um caminho cada vez mais natural entre os profissionais de várias áreas, pois esse será um setor que irá começar a aparecer, cada vez com mais frequência, nos organogramas das empresas a partir de agora. Como se trata de um tema transversal dentro da empresa, profissionais de diversas áreas poderão atuar em cargos da área de inovação, tais como:
Localizador de Ideias - profissional que faz a triagem de vários sensores e fontes de inovação, realiza workshops de brainstormings, usando ferramentas de inovação e extrai ideias de todas essas atividades;
*Gerente de Ideias - que coleta ideias de uma ampla variedade de fontes, cuida da coleta, avaliação e seleção; *Explorador de Inovação - o explorador da inovação abre seu processo de ideias para o mundo externo e procura ideias e novas tecnologias fora da empresa;
*Gerente de CIP (Capital Improvement Program) - é responsável pelo processo de melhoria contínua e gestão da qualidade da inovação;
*Estrategista de Inovação - aborda a coleção de ideias e cuida da orientação estratégica da gestão da inovação;
*Futurologista - trabalha em estreita colaboração com o estrategista de inovação, ele fornece a base para o desenvolvimento da estratégia de inovação;
*Desenvolvedor Organizacional - estabelece as condições de enquadramento para que a inovação seja incentivada na organização e possa ocorrer com sucesso;
*Gerente de Projetos de Inovação - coordena todas as etapas e tarefas do processo e é responsável por alcançar os objetivos;
*Desenvolvedor - é o criador e geralmente o especialista em produto, o técnico que desenvolve o produto e a solução por trás dele;
*Gerente de Patentes - é um prestador de serviços no processo de inovação e apoia com sua experiência em patentes;
*Gestor de Financiamento ou Promoção - é um provedor de serviços no processo de inovação;
*Gerente de Portfólio e Controlador - é responsável por todos os projetos.
Mas vale lembrar que, para mudar de carreira, não é preciso jogar tudo para o alto e apostar todas as fichas em uma nova área de atuação. É por isso, inclusive, que esse processo de transição deve ser feito primeiro adquirindo as competências complementares necessárias para o exercício dessa nova função, como criatividade, resiliência, capacidade investigativa e orientação à projetos, e em seguida avaliar bem as empresas que já possuem diretrizes estratégicas de uma cultura de inovação.
Fábio Martins é mestre em administração estratégica, professor da graduação e pós-graduação em cursos de administração e engenharia, consultor em gestão empresarial e CEO da PROJEK Consultoria.