Jatinho de luxo que caiu em Maraú pertence ao bilionário mais discreto do país

Banqueiro e político, José João Abdalla Filho, de 74 anos, tem fortuna estimada de US$ 3,1 bilhões (R$ 12,9 bilhões)

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  • Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 15:59

- Atualizado há um ano

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O bimotor Cesna Citation 550 de Prefixo PT-LTJ, que caiu nesta quinta-feira (14) próximo da pista de pouso do resort Kiaroa Eco-Luxury Resort, na praia de Barra Grande, distrito de Maraú, na região sul da Bahia, é de propriedade do bilionário brasileiro José João Abdalla Filho, de 74 anos.

O avião deixou uma mulher morta e outros nove feridos. Até às 15h, não havia informações de mortos, mas, por volta das 16h30, a prefeitura da cidade confirmou que uma mulher morreu e outras nove pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança. 

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Banqueiro e político, ele é atualmente o nono homem mais rico do Brasil (769 do mundo), conforme informações da revista de negócios Forbes.com. Mais conhecido como Juca Abdalla, ele é dono do Banco Clássico e tem uma fortuna estimada de US$ 3,1 bilhões (R$ 12,9 bilhões), 

Em entrevista ao portal R7 por volta das 15h30 desta quinta, Abdalla confirmou que é o proprietário do jatinho. Ele, no entanto, encontra-se na cidade de Nova York e não sabe quem estava à bordo da aeronave. Segundo dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava com o certificado de aeronavegabilidade em situação regular.

Segundo informações da assessoria de comunicação da prefeitura da cidade, o acidente ocorreu pouco depois das 14h e deixou pessoas feridas. Até às 15h, não havia informações de mortos. Mas, por volta das 16h30, a prefeitura confirmou que uma mulher morreu e outras nove pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança.

A Polícia Civil informou que equipes da Delegacia Territorial (DT) de Maraú realizam os levantamentos iniciais sobre a queda do avião. "A unidade expediu a guia de remoção da vítima fatal", diz a nota.

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Ainda conforme a prefeitura de Maraú, parte dos sobreviventes tem ferimentos graves. Eles foram levados ao posto de saúde de Barra Grande e depois trazidos de avião para Salvador. A prefeitura também informou que todas as pessoas que estavam na aeronave - um bimotor Cessna C550, de prefixo PT- LTJ - conseguiram sair antes do fogo tomar conta do avião totalmente. Jatinho de luxo antes da queda (Foto: Divulgação) Em contato com o CORREIO, o empresário Tiago Resende, 40 anos, que testemunhou o acidente, contou que escutou um forte estouro antes da aeronave cair. Depois só avistou fogo e uma fumaça preta. "Ouvi o estouro e um barulho de uma coisa arrastando. Depois, quando virei, só uma fumaça bem escura e muito fogo", afirmou ele, que estava em um terreno próximo ao que ocorreu o acidente. 

Resende chegou a ficar a cerca de 200 metros da aeronave e viu uma equipe do resort prestar os primeiros socorros às vítimas. "Tentei chegar próximo para socorrer, caso tivesse alguém, mas o fogo estava muito grande e tinha uma cerca impedindo a passagem. Não tinha condição nenhuma de chegar mais perto. Vi o pessoal do hotel dando suporte e vi que uma pessoa ferida, mas não sei dizer se ela estava na aeronave. Ela estava em pé”, afirmou. Tiago disse ainda que chegou a ouvir outras explosões pequenas quando se aproximou do avião.  

Ainda não há confirmação sobre o total de pessoas que estavam no avião e nem sobre o que provocou a queda da aeronave.

Conforme registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião, um bimotor Cessna C550, de prefixo PT- LTJ, é de propriedade do empresário José João Abdalla Filho, mais conhecido como Juca Abdalla, dono do Banco Clássico. Ele não estava na aeronave.